As políticas públicas voltadas aos agricultores familiares somente fizeram presente a partir de 1996. No governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995 - 2003), foi criado o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF), que instituiu o crédito rural facilitado para os pequenos agricultores, facilitando assim a aquisição de equipamentos sofisticados e melhores meios de produção a fim de prover uma melhor qualidade de vida e maior competitividade de mercado a estes produtores (BRASIL,1996). Dentro desse contexto, a presente pesquisa tem o objetivo analisar as principais políticas públicas de apoio à agricultura familiar na comunidade do Alto Crato do Município de Humaitá-AM e seus impactos no uso dos recursos naturais. Esta é classificada como uma pesquisa descritiva e explicativa, com abordagem qualitativa e quantitativa, fazendo uso de entrevistas semiestruturadas com observações diretas. A pesquisa de campo foi conduzida no município de Humaitá, composta por 25 agricultores familiares pertencentes a vicinal do Alto Crato. Inicialmente realizou-se o levantamento de informações disponibilizadas na literatura e por meio dos órgãos do município responsáveis pelos programas voltados a agricultura familiar (IDAM); Secretária da Agricultura. A pesquisa foi efetuada através de amostragem não probabilística, sendo entrevistados individualmente os agricultores com auxílio de formulário. Após a coleta dos dados, as informações foram organizadas e codificadas em um banco de dados na forma de planilha eletrônica com o auxílio do programa Microsoft Excel, para posterior análise e interpretação das informações com o intuito de transmitir, por meio da descrição e elaboração de gráficos, os resultados analisados. Com base nos resultados adquiridos, observou-se que a comunidade do Alto Crato não está sendo beneficiada com êxito em relação as políticas públicas, pois são poucos os contemplados por algum programa, como o PRONAF; PAA; PNAE; Programa (Pró-calcário; Pró-mecanização). Verificou-se, também, a falta de apoio e organização dos órgãos responsáveis, uma carência em relação à disponibilização de assistência técnica, o que deixa os produtores realizarem as práticas produtivas de acordo com suas experiências e conhecimento tradicional. E constatou-se que os produtores pesquisados além de realizarem algumas práticas de agroecologia, se preocupam com os recursos naturais, sendo que a maioria dos entrevistados não utilizam defensivos agrícolas e têm conhecimentos sobre a preservação ambiental, no que tange a práticas adotadas, contribuindo assim, para o meio ambiente.
|
