Dissertação

Análise da microbiota bucal de pacientes com leucemia linfoblástica aguda

Leucemia linfoblástica aguda (LLA) é a neoplasia maligna mais comum na infância. A aplicação de regimes quimioterápicos pode alcançar uma taxa de sobrevida livre de eventos em cerca de 90% dos pacientes em longo prazo, entretanto a gestão das drogas antineoplásicas pode estar associada a alterações...

ver descrição completa

Autor principal: Oliveira, Juliana Maria Souza de
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/5355288824192220
Grau: Dissertação
Idioma: por
Publicado em: Universidade Federal do Amazonas 2019
Assuntos:
Acesso em linha: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7571
id oai:https:--tede.ufam.edu.br-handle-:tede-7571
recordtype dspace
spelling oai:https:--tede.ufam.edu.br-handle-:tede-75712019-12-19T05:04:33Z Análise da microbiota bucal de pacientes com leucemia linfoblástica aguda Analysis of the oral microbiota of acute lymphoblastic leukemia patients Oliveira, Juliana Maria Souza de Kimura, Tatiana Nayara Libório http://lattes.cnpq.br/5355288824192220 http://lattes.cnpq.br/7764426537915981 Ferreira, Cristina Motta http://lattes.cnpq.br/7283507436511006 Conde, Nikeila Chacon de Oliveira http://lattes.cnpq.br/5598893517284033 Boca - Microbiologia Leucemia Herpesvírus CIÊNCIAS DA SAÚDE: ODONTOLOGIA Leucemia linfóide aguda Mucosite bucal Herpesvirus humano tipo 1 Herpesvirus humano tipo 2 Reação em cadeia polimerase Leucemia linfoblástica aguda (LLA) é a neoplasia maligna mais comum na infância. A aplicação de regimes quimioterápicos pode alcançar uma taxa de sobrevida livre de eventos em cerca de 90% dos pacientes em longo prazo, entretanto a gestão das drogas antineoplásicas pode estar associada a alterações relevantes na cavidade bucal dos pacientes com LLA devido seus efeitos tóxicos. A reativação do herpesvírus humano simples (HHV) é extremamente frequente em pacientes com câncer, tanto com ou sem mucosite, e estas infecções tendem a ser mais recorrentes, duradouras e graves, representando uma ameaça a pacientes imunossuprimidos. Este trabalho avaliou as alterações clínicas e microbiológicas que ocorreram na mucosa bucal de pacientes pediátricos com diagnóstico de LLA, submetidos a tratamento na Fundação de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas, de acordo com o protocolo do Grupo Brasileiro de Tratamento da Leucemia na Infância (GBTLI-2009). Foram avaliados nove pacientes, com idade entre 2 e 14 anos de idade que foram incluidos no estudo no período de setembro a novembro de 2014. Estes pacientes foram submetidos a exame clínico da mucosa bucal para identificação de lesões bucais, assim como a coleta de células da mucosa bucal em diferentes momentos das fases de indução e consolidação do tratamento quimioterápico. Foram ainda avaliados, em momento único, três pacientes saudáveis. Para a detecção quanto a presença do HSV-1, HSV-2, EBV e CMV foi utilizado PCR convencional. Observou-se uma prevalência maior de crianças com 2 anos de idade, distribuídos uniformemente em relação ao sexo. O diagnóstico de LLA B-derivada foi o mais encontrado. As alterações bucais se manifestaram em torno da 2 , 3 e 4 semana da fase de indução, dentre as quais estavam presentes eritema, xerostomia e lábios ressecados. Nenhum dos pacientes apresentou mucosite bucal. Nenhuma das amostras avaliadas foi positiva para HSV- 1, HSV-2 e CMV. Somente três amostras de pacientes com LLA e uma de paciente saudável apresentaram amplificação do DNA do vírus EBV. Quanto a identificação de agentes bacterianos, a presença do S. mitis, S. oralis, S, salivarius e S. sanguinis foi observada. Diante dos resultados encontrados, poucas foram as alterações bucais encontradas nos pacientes que receberam regime terapêutico de acordo a estratificação nos subgrupos preconizados pelo protocolo GBTLI LLA-2009. Sugere- se que os vírus avaliados que não positivaram podem estar em estado de latência, uma vez que a mucosa avaliada encontrava-se em estado íntegro. Infere-se que avaliações periódicas realizadas pelos cirurgiões-dentistas e o acompanhamento das alterações bucais, associada a melhor compreensão da microbiota bucal poderá contribuir na melhoraria da qualidade de vida nestes pacientes. Acute lymphoblastic leukemia (ALL) is the most common malignancy in childhood. The application of chemotherapy protocols can achieve an event-free survival rate of approximately 90% of patients in long term, however administration of antineoplastic drugs may be associated with significant alterations in the oral cavity of patients with ALL due to its toxic effects. The reactivation of human herpesvirus simple (HSV) is extremely common in cancer patients, both with or without mucositis, and these infections tends to be more likely, lasting and severe, posing a threat in cases of imunosupression. This study evaluated the clinical and microbiological changes that occurred in the oral mucosa of pediatrics with ALL undergoing treatment in the Fundação de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas, according to the Grupo Brasileiro de Tratamento da Leucemia na Infância (GBTLI- 2009). Nine patients, aged 2 to 14 years old, were evaluated, and included in the study from September to November 2014. These patients underwent clinical examination of the oral mucosa to identify oral lesions, as well as the analysis of buccal mucosa cells during different times according to stages of induction and consolidation. Three healthy patients were also evaluated in a just one moment. Conventional PCR was performed to detect presence of HSV-1, HSV-2, CMV and EBV. There was a higher prevalence of children of 2 years old, distributed uniformly by gender. The diagnosis of ALL B- derivative was the most frequent. Oral diseases appeared around the 2nd, 3rd and 4th week of inductions’ stage, including erythema, dry mouth and dry lips. None of the patients presented oral mucositis. None of the samples tested showed positivity for HSV-1, HSV-2 and CMV. Only three samples of ALL patients and a healthy patient showed DNA amplification for EBV. On the bacterial subject, it was deteced the presence of S. mitis, S. oralis, S salivarius and S. sanguinis. Results showed that there were few oral abnormalities found in patients receiving therapeutic protocols according to stratification in subgroups recommended by GBTLI-ALL-2009. Negative results suggested that the virus may be in a state of latency since the assessed mucosa was healthy. Probably, periodic evaluation by dentists and follow-up of oral alterations, associated with better understanding of the oral microbiota may contribute to improve the quality of life in these patients. CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico 2019-12-18T17:26:18Z 2015-02-23 Dissertação OLIVEIRA, Juliana Maria Souza de. Análise da microbiota bucal de pacientes com leucemia linfoblástica aguda. 2015. 121 f. Dissertação (Mestrado em Odontologia) - Universidade Federal do Amazonas, Manaus, 2015. https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7571 por Acesso Aberto http://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0/ application/msword application/pdf Universidade Federal do Amazonas Faculdade de Odontologia Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Odontologia
institution TEDE - Universidade Federal do Amazonas
collection TEDE-UFAM
language por
topic Boca - Microbiologia
Leucemia
Herpesvírus
CIÊNCIAS DA SAÚDE: ODONTOLOGIA
Leucemia linfóide aguda
Mucosite bucal
Herpesvirus humano tipo 1
Herpesvirus humano tipo 2
Reação em cadeia polimerase
spellingShingle Boca - Microbiologia
Leucemia
Herpesvírus
CIÊNCIAS DA SAÚDE: ODONTOLOGIA
Leucemia linfóide aguda
Mucosite bucal
Herpesvirus humano tipo 1
Herpesvirus humano tipo 2
Reação em cadeia polimerase
Oliveira, Juliana Maria Souza de
Análise da microbiota bucal de pacientes com leucemia linfoblástica aguda
topic_facet Boca - Microbiologia
Leucemia
Herpesvírus
CIÊNCIAS DA SAÚDE: ODONTOLOGIA
Leucemia linfóide aguda
Mucosite bucal
Herpesvirus humano tipo 1
Herpesvirus humano tipo 2
Reação em cadeia polimerase
description Leucemia linfoblástica aguda (LLA) é a neoplasia maligna mais comum na infância. A aplicação de regimes quimioterápicos pode alcançar uma taxa de sobrevida livre de eventos em cerca de 90% dos pacientes em longo prazo, entretanto a gestão das drogas antineoplásicas pode estar associada a alterações relevantes na cavidade bucal dos pacientes com LLA devido seus efeitos tóxicos. A reativação do herpesvírus humano simples (HHV) é extremamente frequente em pacientes com câncer, tanto com ou sem mucosite, e estas infecções tendem a ser mais recorrentes, duradouras e graves, representando uma ameaça a pacientes imunossuprimidos. Este trabalho avaliou as alterações clínicas e microbiológicas que ocorreram na mucosa bucal de pacientes pediátricos com diagnóstico de LLA, submetidos a tratamento na Fundação de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas, de acordo com o protocolo do Grupo Brasileiro de Tratamento da Leucemia na Infância (GBTLI-2009). Foram avaliados nove pacientes, com idade entre 2 e 14 anos de idade que foram incluidos no estudo no período de setembro a novembro de 2014. Estes pacientes foram submetidos a exame clínico da mucosa bucal para identificação de lesões bucais, assim como a coleta de células da mucosa bucal em diferentes momentos das fases de indução e consolidação do tratamento quimioterápico. Foram ainda avaliados, em momento único, três pacientes saudáveis. Para a detecção quanto a presença do HSV-1, HSV-2, EBV e CMV foi utilizado PCR convencional. Observou-se uma prevalência maior de crianças com 2 anos de idade, distribuídos uniformemente em relação ao sexo. O diagnóstico de LLA B-derivada foi o mais encontrado. As alterações bucais se manifestaram em torno da 2 , 3 e 4 semana da fase de indução, dentre as quais estavam presentes eritema, xerostomia e lábios ressecados. Nenhum dos pacientes apresentou mucosite bucal. Nenhuma das amostras avaliadas foi positiva para HSV- 1, HSV-2 e CMV. Somente três amostras de pacientes com LLA e uma de paciente saudável apresentaram amplificação do DNA do vírus EBV. Quanto a identificação de agentes bacterianos, a presença do S. mitis, S. oralis, S, salivarius e S. sanguinis foi observada. Diante dos resultados encontrados, poucas foram as alterações bucais encontradas nos pacientes que receberam regime terapêutico de acordo a estratificação nos subgrupos preconizados pelo protocolo GBTLI LLA-2009. Sugere- se que os vírus avaliados que não positivaram podem estar em estado de latência, uma vez que a mucosa avaliada encontrava-se em estado íntegro. Infere-se que avaliações periódicas realizadas pelos cirurgiões-dentistas e o acompanhamento das alterações bucais, associada a melhor compreensão da microbiota bucal poderá contribuir na melhoraria da qualidade de vida nestes pacientes.
author_additional Kimura, Tatiana Nayara Libório
author_additionalStr Kimura, Tatiana Nayara Libório
format Dissertação
author Oliveira, Juliana Maria Souza de
author2 http://lattes.cnpq.br/5355288824192220
author2Str http://lattes.cnpq.br/5355288824192220
title Análise da microbiota bucal de pacientes com leucemia linfoblástica aguda
title_short Análise da microbiota bucal de pacientes com leucemia linfoblástica aguda
title_full Análise da microbiota bucal de pacientes com leucemia linfoblástica aguda
title_fullStr Análise da microbiota bucal de pacientes com leucemia linfoblástica aguda
title_full_unstemmed Análise da microbiota bucal de pacientes com leucemia linfoblástica aguda
title_sort análise da microbiota bucal de pacientes com leucemia linfoblástica aguda
publisher Universidade Federal do Amazonas
publishDate 2019
url https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7571
_version_ 1781302508050710528
score 11.653393