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Tese
Efeito da perda da cobertura florestal na atividade turística da Amazônia Central
Uma das questões de grande preocupação é a perda da cobertura florestal em áreas de desenvolvimento turístico de algumas regiões na Amazônia Central, especificamente na área de estudo, a qual é promovida intensamente pelas pressões humanas como a agricultura de corte e queima, pecuária, abertura de...
Autor principal: | Soria Díaz, Henry Francisco |
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Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/3209902904097721, http://orcid.org/0000-0002-1495-6973 |
Grau: | Tese |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2020
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7780 |
Resumo: |
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Uma das questões de grande preocupação é a perda da cobertura florestal em áreas de desenvolvimento turístico de algumas regiões na Amazônia Central, especificamente na área de estudo, a qual é promovida intensamente pelas pressões humanas como a agricultura de corte e queima, pecuária, abertura de estradas secundárias (ramais), projetos de assentamento e a expansão da área urbana de Presidente Figueiredo. A conservação das florestas é muito importante e essencial para o aprovisionamento dos serviços ambientais não apenas para a manutenção da atividade turística na região, mas também para a regulação dos ciclos naturais, manutenção da biodiversidade, qualidade da água, solo, clima, dentre outros, proporcionando benefícios (diretos e indiretos) às populações humanas locais e o mundo inteiro. O presente estudo teve por objetivo analisar o efeito da perda da cobertura florestal e sua influência na atividade turística da Amazônia Central, especificamente em Presidente Figueiredo. Os resultados deste estudo fornecem informações relevantes sobre a predição espaço-temporal do desmatamento, análise da capacidade de carga e o estado de degradação florestal nas trilhas dos atrativos turísticos e, aplicação de método de valoração econômica sobre cenários hipotéticos pela conservação das florestas. No Capítulo 1, dados de cobertura da terra do PRODES/INPE, variáveis estáticas/dinâmicas, pesos de evidência e cálculos de superfície de floresta fundiária e acessível foram utilizados no modelo AGROECO para simular a distribuição espaço-temporal do desmatamento até 2050. Determinou-se que haveria um aumento do desmatamento de 22,38% de 2017 até 2050 na área de estudo, alocando-se ao longo das margens das rodovias pavimentadas (BR-174 e AM-240), exclusivamente com distribuição espacial nas estradas secundárias próxima da cidade de Presidente Figueiredo e no setor Norte da área de estudo, além da sua repercussão pouca acentuada nas áreas de cobertura florestal da maioria dos atrativos turísticos. No Capítulo 2, apresenta-se resultados quantitativos de capacidade de carga turística de quinze atrativos turísticos aplicados a trilhas, determinado mediante o método de Cifuentes et al. (1999), o qual estabelece em três níveis: física, real e efetiva, com o propósito de estimar o fluxo de usuários na visitação e verificar o estado da degradação florestal nesses locais. Destaca-se que os atrativos da “Neblina”, “Complexo do Iracema Falls” e “Cachoeira da Onça” foram que mostraram um nível máximo recomendado de usuários por dia. No Capítulo 3, foram entrevistadas 226 pessoas, para estimar a disposição a pagar (DAP, n = 206) dos usuários e a disposição a aceitar (DAA, n = 20) dos entrevistados (funcionários públicos, privados e/ou proprietários do terreno) pela conservação das florestas, utilizando o método de valoração de contingência. Observou-se que 71,4% dos usuários estariam dispostos a pagar um valor estimado de R$ 11,72 dia-1visita-1, enquanto 100% dos entrevistados estariam dispostos a aceitar um valor de R$ 105,22 ha-1ano-1, como pagamento e compensação pela conservação das florestas. Portanto, esses resultados demonstraram que os atrativos turísticos inibem o avanço do desmatamento, além de ser considerados como proposta para auxiliar na tomada de decisão dos atores envolvidos da governança ambiental para um gerenciamento adequado do turismo na região. |