Introdução: A identificação das características funcionais e o risco de vulnerabilidade permitem a melhora da prestação de serviços de saúde para essa população. Objetivo: Identificar o nível de vulnerabilidade clínico-funcional de idosos alunos e não-alunos atendidos pela policlínica da Fundação Universidade Aberta da Terceira Idade de Manaus. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal descritivo. A amostra foi selecionada por método não-probabilístico de conveniência. Os dados foram coletados de pacientes idosos atendidos no período de janeiro de 2017 a dezembro de 2018. O prontuário contém questões socioeconômicas, antropométricas e é complementado pelo Indíce de Vulnerabilidade clínico funcional (IVCF-20). Todos os dados foram revisados, tabulados e posteriormente foram codificados. Foi utilizado o software STATA 14.0 para análise estatística dos dados. As frequências absolutas simples e relativas, e os dados categóricos foram apresentados por meio de tabelas. Para a análise dos dados quantitativos, quando aceita a hipótese de normalidade, foi calculada a média e o desvio-padrão. Diferenças na distribuição das variáveis categóricas entre os grupos foram testadas por meio do teste de Qui-Quadrado. Para avaliar as associações de interesse controlando por possíveis variáveis de confundimento, foi utilizado modelo de regressão múltipla de Poisson. Foram incluídas variáveis com p<0,20 na análise univariada, e permaneceram no modelo final as que apresentaram significância estatística (p<0,05), quando ajustada pelas demais variáveis. Um nível de significância estatística de 5% foi adotado nos testes aplicados. Resultados: Houve diferença significativa nos resultados entre alunos e não-alunos em relação aos domínios preditores de vulnerabilidade clínico funcional de idosos. Foi observado que 8,79% dos alunos e 44,67% dos não-alunos apresentaram alto risco de vulnerabilidade clínico-funcional. Após a análise das variáveis e sua relação com o risco de vulnerabilidade, pode-se afirmar que a não variação de humor em idoso teve associação significativa com baixo risco de vulnerabilidade, enquanto alto risco de vulnerabilidade associou-se com dependência nas atividades de vida diária instrumentais. Conclusão: Os alunos que frequentam as atividades da Fundação Universidade Aberta da Terceira Idade do Amazonas, apresentaram baixo risco de vulnerabilidade clínico-funcional em comparação aos não-alunos.
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