Com quase 30 anos, a Lei 8.313/91, conhecida como Lei Rouanet, foi criada para democratização da cultura e é a ferramenta mais importante de efetivação da política cultural brasileira. Todavia, o normativo é polêmico. O que impulsionou a realização deste trabalho foi compreender o motivo de muitos produtores culturais não apresentarem projetos culturais para receberem benefícios da referida Lei, bem como o porquê daqueles poucos projetos, que são apresentados e aprovados para captação de patrocínio incentivado, não conseguirem arrecadar recursos financeiros junto aos incentivadores. Para adquirir as respostas, realizamos uma pesquisa qualitativa, com o método etnográfico e, no estudo das mídias e da comunicação, fizemos uso da teoria dos ecossistemas comunicacionais. A análise científica resultou na compreensão de que há muitas representações de que a lei é muito burocrática e centralizada em poucos artistas e de que há uma “demonização” do uso dos seus benefícios. O resultado desse fenômeno é que Manaus possui um dos índices mais precários no que se refere ao consumo cultural no País e um número inexpressivo de projetos culturais apoiados pela Lei Federal de Incentivo. Por fim, acreditamos que a presente pesquisa irá contribuir para que profissionais possam realizar a democratização do acesso à cultura, por meio da efetivação da Lei Rouanet na cidade de Manaus.
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