Esta dissertação trata da história das relações entre o povo indígena Madihadeni e a frente
extrativista que colonizou seu território, no Sul do estado do Amazonas, por meio de um
estudo específico da categoria de “patrão” e seus desdobramentos, tal como entendida e
elaborada pelos indígenas. O “patrão” comerciante, interpretado também sobre campos
simbólicos anteriores e tradicionais como o xamanismo e a afinidade, torna-se modelo
interpretativo posterior nas relações entre os Madihadeni e a sociedade nacional envolvente, e
também à figura de chefia aldeã. Entre a produção e reprodução criativa, para si e para os
outros, dos modelos relacionais e econômicos do sistema extrativista, e das expectativas
políticas indigenistas, se busca vislumbrar os processos de resistência simbólica, estratégia
política e transformação da própria sociedade Madihadeni.
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