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Dissertação
Apoio matricial em saúde mental na atenção primária - da concepção aos desafios: revisão integrativa da literatura
INTRODUÇÃO: O matriciamento ou apoio matricial é um modo de produzir saúde em que duas ou mais equipes, num processo de construção compartilhada, criam uma proposta de intervenção pedagógico-terapêutica no campo da saúde mental. OBJETIVO: Sintetizar resultados obtidos em pesquisas sobre a prática...
Autor principal: | Oliveira, José Suwa |
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Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/4907726116480209, https://orcid.org/0000-0002-1430-6145 |
Grau: | Dissertação |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2021
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8421 |
Resumo: |
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INTRODUÇÃO: O matriciamento ou apoio matricial é um modo de produzir saúde em que
duas ou mais equipes, num processo de construção compartilhada, criam uma proposta de
intervenção pedagógico-terapêutica no campo da saúde mental. OBJETIVO: Sintetizar
resultados obtidos em pesquisas sobre a prática de matriciamento em saúde mental na atenção
primária, com base nas diretrizes do Guia Prático de Matriciamento em Saúde Mental do
Ministério da Saúde. MÉTODO: Revisão integrativa da literatura, considerando publicações
do período de 2011-2020, elaborada em seis etapas: identificação do tema e formulação da
pergunta de pesquisa para elaboração da revisão; amostragem e estabelecimento de critérios de
inclusão e exclusão dos artigos pesquisados; extração de dados dos estudos primários; avaliação
dos artigos incluídos na revisão; análise e síntese dos resultados da revisão e; apresentação dos
resultados da revisão integrativa. Foram utilizadas como fontes de informações as bases de
dados LILACS, BDENF, Index Psi, IBECS e MEDLINE. Usou-se os descritores controlados
“pessoal da saúde”, “saúde mental”, “atenção primária à saúde” e a palavra-chave “apoio
matricial”, nos idiomas português, inglês e espanhol. RESULTADOS: Foram selecionados 05
artigos que atenderam aos critérios de inclusão, classificados por força de evidência científica
e dispostos em um quadro-síntese para análise descritiva. Destes, nas bases de dados: 50%
LILACS, 25% BDENF, 12,5% INDEX PSI e 12,5% MEDLINE. Dos elegíveis, 100% são de
publicações brasileiras. Destaca-se que 02 (40%) periódicos eram da área de Saúde Coletiva.
Quanto aos anos de publicação, as maiores ocorrências foram entre os anos de 2014 e 2020.
Em relação à formação dos autores principais, 60% enfermeiros, 20% médicos e 20%
psicólogos. A maior concentração de publicação de artigos publicados foi no Brasil (100%) e
da região sul (60%). Quanto ao desenho de estudo, houve predominância de estudos qualitativos
(100%). A população investigada nos manuscritos foi majoritariamente de profissionais da
saúde que atuavam na atenção primária à saúde, notadamente, na estratégia saúde da família.
Com base na AHRQ, 100% dos artigos foram classificados como nível de evidência VI
(evidências baseadas em estudos descritivos e qualitativos). Em relação às categorias temáticas
formuladas com base no guia prático de saúde mental do Ministério da Saúde, 60%
evidenciaram a importância do matriciamento em saúde mental, 80% contemplam os
instrumentos terapêuticos e intervenções, 100% vivenciam as situações mais comuns da saúde
mental na APS e 100% destacaram as dificuldades das equipes da APS em entenderem o que é
matriciamento e o excesso de demandas para a ESF como os principais desafios para a prática
do matriciamento na atenção primária. CONCLUSÃO: As conclusões de todos os artigos
apontam que a concepção dos profissionais da atenção primária à saúde sobre matriciamento
em saúde mental ainda não está clara e há muitas incertezas e expectativas equivocadas por
parte desses profissionais. As escassas definições identificaram a relevância do apoio matricial
como uma estratégia de descentralização e desresponsabilização dos serviços especializados no
atendimento em saúde mental. |