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Dissertação
Análise dos verbos irregulares Perder e Valer, na 1a pessoa do singular, do presente do indicativo e do subjuntivo, sob a perspectiva da sociolinguística variacionista, na escrita dos moradores da zona urbana do município de Coari (Amazonas)
Esta pesquisa trata de um estudo variacionista de cunho morfológico e tem como objetivo geral analisar os verbos irregulares perder e valer, na 1ª pessoa do singular, do presente do indicativo e do subjuntivo, sob a perspectiva da Sociolinguística Variacionista, na escrita dos moradores da zona u...
Autor principal: | Belém, Ana Miles |
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Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/4011549280175717 |
Grau: | Dissertação |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2021
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8574 |
Resumo: |
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Esta pesquisa trata de um estudo variacionista de cunho morfológico e tem como objetivo
geral analisar os verbos irregulares perder e valer, na 1ª pessoa do singular, do presente
do indicativo e do subjuntivo, sob a perspectiva da Sociolinguística Variacionista, na
escrita dos moradores da zona urbana do município de Coari (Amazonas). Os objetivos
específicos são: i) Conhecer as possíveis variantes que compõem a 1ª pessoa do singular,
do presente do indicativo e do subjuntivo, dos verbos irregulares perder e valer,
pertencentes à 2ª conjugação; ii) Descrever quais os grupos de fatores extralinguísticos
influenciam o uso de uma ou outra variante da variáveis investigadas; iii) Discutir se a
variação no uso dos verbos irregulares perder e valer, na 1ª pessoa do singular, do
presente do indicativo e do subjuntivo na escrita dos moradores de Coari (AM) constitui
uma variável estável ou se está em processo de mudança por meio da observação do
tempo aparente (faixa etária). O aporte teórico que embasou este estudo foi o da Teoria
da Variação e Mudança Linguística (LABOV, 2008 [1972]). O corpus foi formado por
dados escritos obtidos por meio de pesquisa de campo que teve como instrumento para a
coleta dos dados aplicação de Questionário. A amostra foi constituída por 24 informantes
estratificados de acordo com a faixa etária (18 a 35 anos, 35 a 56 anos e 56 anos em
diante), escolaridade (nível médio e graduados/especialistas) e sexo (homem e mulher).
Foram controladas as seguintes variáveis independentes extralinguísticas: escolaridade,
sexo e faixa etária a fim de compreendermos a realização da P1IdPr e da P1SbPr, dos
verbos irregulares perder e valer. Os dados foram submetidos à análise estatística por
meio do programa estatístico Goldvarb X (SANKOFF; TAGLIAMONTE; SMITH,
2005). Encontraram-se como resultados gerais, para as variáveis binárias, as variantes dos
verbos irregulares perder e valer, nas P1IdPr e P1SbPr, respectivamente, o total de 309
dados. Dispostos em porcentagens, tem-se: para o verbo perder, na P1IdPr, a variante
perco, o equivalente a 87,9% e 12,1% para a variante perdo; para o verbo perder, na
P1SbPr, obteve-se 88,9% para a variante perca e 11,1% para a variante perda; para o
verbo valer, na P1IdPr, obteve-se 52,6% para a variante valho e 47,4% para a variante
valo; para o verbo valer, na P1SbPr, obteve-se 44,2% para a variante valha e 55,8% para
a variante vala. De forma geral, os resultados apontam para o uso condicionante dos
grupos de fatores extralinguísticos entre as formas variantes consideradas ‘padrão’ e ‘não
padrão’. Assim, diante dos resultados, espera-se, com esta pesquisa, contribuir para o
avanço dos estudos sociolinguísticos do país e principalmente da região norte do estado
do Amazonas. |