Dissertação

Propriedade intelectual e licenciamento dos direitos da patente de tecnologia CRISPR para a edição gênica no Brasil

Este estudo objetiva propor um modelo de contrato de licenciamento dos direitos de propriedade intelectual da tecnologia CRISPR acordo com a legislação brasileira. O processo biológico CRISPR, apesar de originalmente se tratar de um mecanismo imunológico natural a grande parte dos microrganismo proc...

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Autor principal: Lima, João Mateus Thomé de Souza
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/2336760805041276, https://orcid.org/ 0000-0002-2536-3794
Grau: Dissertação
Idioma: por
Publicado em: Universidade Federal do Amazonas 2022
Assuntos:
Acesso em linha: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8840
Resumo:
Este estudo objetiva propor um modelo de contrato de licenciamento dos direitos de propriedade intelectual da tecnologia CRISPR acordo com a legislação brasileira. O processo biológico CRISPR, apesar de originalmente se tratar de um mecanismo imunológico natural a grande parte dos microrganismo procariontes, a partir de 2011, transformou-se numa tecnologia para a edição gênica artificialmente programável. Isso gera não apenas o interesse dos inventores em proteger os seus direitos de invenção, mas também de transferir para empresas os direitos de exploração comercial dessa tecnologia. Para a análise jurídica sobre as patentes da tecnologia CRISPR e da proposição de uma minuta de contrato de licenciamento dessa tecnologia, este trabalho dissertativo recorre à abordagem qualitativa, com o uso de referências bibliográficas nacionais e internacionais, e levantamento documental normativo e jurisprudencial; além do mais, este trabalho recorre à abordagem quantitativa, na medida em que consulta a base de dados do INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) como método de investigação científica para examinar o crescimento de depósitos de pedidos de patentes no Brasil nos últimos anos, e, assim, examinar o papel tecnológico do país no mundo. O trabalho, ao fim, conclui que a legislação brasileira autoriza a outorga de patente sobre o sistema CRISPR (a ferramenta, as sequências de aminoácidos e nucleotídeos e micro-organismos produzidos), desde que o pedido de PI contenha uma tecnologia alcançada pela intervenção humana, não natural, manipulada, e sem prejuízo à natureza, e que seu uso não ocorra em células germinativas humanas. Fora destas hipóteses, o estudo chega à conclusão pela não concessão da patente. Por fim, o trabalho chega à proposição de uma minuta contrato de licenciamento da patente de tecnologia CRISPR com recomendações sob forma de notas explicativas.