A contribuição deste texto tem como propósito o entendimento da relação espaço, federalismo e cidadania, e como a dimensão geográfica pode ser abordada num conceito aparentemente tão imaterial. Desde sua institucionalização enquanto ciência e disciplina da geografia, a dimensão dos fenômenos políticos não aparentava o caráter de espacialidade de forma nítida, chegando ao ponto de muitos não entenderem o caráter político da geografia. A necessidade destes novos temas molda uma agenda interessantíssima à geografia, o estreitamento entre a relação espaço e o político. A cidadania é, e será, um tema interessante para os geógrafos, pois o entendimento da espacialidade desses fenômenos é essencial para mudar a concepção de que uma base territorial e infraestrutura não estão interligadas. O federalismo é apresentado como base de organização do estado e do(s) governo(s), que por meio dos territórios federativos criam instrumentos para que essa cidadania se promova e seja especializada, abrangendo o espaço atendido. Faces da natureza propositiva do estado, principalmente como um agente possibilitador dos direitos sociais, será o foco dentro da analise a partir do território, onde demonstraremos a partir da regionalização do atendimento à saúde e a espacialidade deste serviço público do Estado do Amazonas.
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