Projetar a interface de um sistema é uma atividade de suma importância, visto que se a
estética ou usabilidade não agradarem o usuário, a experiência de uso pode ser comprometida.
Em se tratando de usuários portadores do Transtorno do Espectro Autista (TEA) isso não
é diferente, e torna-se um desafio, devido ao despreparo das equipes em conduzir projetos
de interface para esse público. Considerando que em diversos projetos, a criação de um
protótipo pode auxiliar na validação da interface a um baixo custo, esta tese propõe auxiliar
equipes que incluam protótipos em suas aplicações. Nesse contexto, identificou-se a seguinte
questão de pesquisa: “Como apoiar engenheiros de software e/ou designers na condução do
desenvolvimento de protótipos de interfaces de aplicações específicas para o público autista?”.
Após a execução de um mapeamento sistemático foram identificadas lacunas em relação a
um processo para desenvolver protótipos de interfaces destinadas à pessoas autistas. Isto
posto, esta tese apresenta o ProAut, um processo para apoiar a prototipação de interfaces de
aplicações para o público autista. O ProAut tem suas etapas baseadas no Design Thinking
que são: Imersão, Análise, Ideação e Prototipação. Dentre as principais artefatos do ProAut
tem-se o PersonAut e o EmpathyAut, como um modelo de Personas e Mapa de Empatia,
respectivamente, exclusivos para personificar autistas de baixo funcionamento. O ProAut
foi avaliado em diversos contextos, para identificar oportunidades de melhorias nos artefatos
propostos, além de permitir a validação do ponto de vista de uma equipe de profissionais
da indústria. O resultado dessa avaliação aponta o ProAut como promissor e utilizável por
equipes que desejem prototipar interfaces de aplicações para autistas.
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