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Dissertação
Panorama epidemiológico da hipertensão arterial, diabetes e obesidade na Região Norte do Brasil: análise do Inquérito Telefônico VIGITEL
Introdução: As doenças cardiovasculares fazem parte do grupo de Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT), que constituem o maior problema global de saúde e são responsáveis por milhares de mortes anualmente. A presença de doenças como Hipertensão Arterial, Diabetes Mellitus, Obesidade e as Disl...
Autor principal: | Tavares, Natalie Kesle Costa |
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Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/0761129857447937, https://orcid.org/0000-0002-0482-6999 |
Grau: | Dissertação |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2022
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8889 |
Resumo: |
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Introdução: As doenças cardiovasculares fazem parte do grupo de Doenças Crônicas não
Transmissíveis (DCNT), que constituem o maior problema global de saúde e são responsáveis
por milhares de mortes anualmente. A presença de doenças como Hipertensão Arterial,
Diabetes Mellitus, Obesidade e as Dislipidemias são consideradas como fatores de risco
cardiovasculares e devido às suas altas taxas de mortalidade têm sido monitorados por grandes
inquéritos no âmbito nacional. Objetivo: Estimar as prevalências e os fatores associados de
Hipertensão Arterial, Diabetes Mellitus e Obesidade na população adulta da região norte do
Brasil obtidas pelo inquérito telefônico VIGITEL 2019. Método: Estudo transversal, com
adultos, residentes e domiciliados nas sete capitais da região norte do Brasil, a partir de dados
do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito
Telefônico (VIGITEL), ano de 2019, cuja amostra foi de 3.723.439 participantes. Os dados
foram coletados no período de janeiro a dezembro de 2019, pelo Ministério da Saúde, e
posteriormente divulgados e acessados no período de março a julho de 2021. As variáveis de
interesse para este estudo referem-se à: fatores socioeconômicos, antropometria, hábitos
alimentares, estilo de vida e autoavaliação do estado de saúde. Os dados foram analisados por
meio do software R: The R Project for Statistical Computing, as variáveis foram apresentadas
por frequências absolutas e relativas. A análise bivariada dos dados foi feita com proporções
para as variáveis categóricas e aplicação do teste de qui-quadrado de Pearson para avaliação
comparativa entre os grupos. A média e desvio padrão foram utilizadas para apresentar a
distribuição das variáveis contínuas, e o emprego do teste T de Student. Para análise
multivariada foi empregado a Regressão Logística Binária, com as variáveis que apresentaram
associação com nível de significância p≤0,20 na análise bivariada, estimando a Razão de
Prevalência (RP) e seus respectivos Intervalos de Confiança de 95%. Em todas as análises
levou-se em consideração o peso amostral, de acordo com o desenho da pesquisa. Para avaliar
a associação entre HAS, DM e Obesidade e a coocorrência de fatores de risco foi utilizado o
Modelo Estereótipo (ME). O Inquérito VIGITEL foi aprovado pela Comissão Nacional de Ética
em Pesquisa para Seres Humanos do Ministério da Saúde (CAAE: 65610017.1.0000.0008). O
consentimento livre e esclarecido foi substituído pelo consentimento verbal, obtido no
momento dos contatos telefônicos com os entrevistados, por se tratar de entrevista por telefone.
Resultados: No ano de 2019, a prevalência de Hipertensão Arterial Sistêmica na região norte
foi de 19,3% (n=717.013), a prevalência de Diabetes Mellitus foi de 5,9% (n=221.097) e de
Obesidade foi 21,4% (n=796.962). As variáveis associadas à HAS foram: altura [RP= 0.96;
(IC95%= 0.93 – 0.99); p=0.018], faixa etária de ≥65 anos [RP= 11.29; (IC95%= 1.40 – 90.76);
p=0.023], ser viúvo [RP= 2.55; (IC 95% = 1.01 – 6.42); p=0.046] e autopercepção do estado de
saúde muito bom/bom [RP= 0.36; (IC95%= 0.19 – 0.68); p= 0.002]. As variáveis que se
associaram à DM foram: faixa etária ≥65 anos [RP= 34.40; (IC95%= 14.38 – 82.31); p=
<0.001], escolaridade com 9 a 11 anos de estudo [RP= 0.68; (IC95%= 0.49 – 0.94); p= 0.022]
e ≥12 anos de estudo [RP= 0.58; (IC95%= 0.38 – 0.89); p= 0.013], o não consumo regular de
feijão [RP= 0.67; (IC95%= 0.51 – 0.87); p= 0.004], não consumo de hortaliças cruas [RP= 0.64;
(IC95% = 0.46 – 0.89); p= 0.008], consumo de bebidas alcóolicas [RP= 0.66; (IC95% = 0.47 – 0.92); p= 0.017] e autopercepção de saúde muito bom/bom [RP= 0.50; (IC95%= 0.35 –
0.71); p= <0.001]. No desfecho Obesidade apenas ser diabético mostrou-se associação [RP=
2.86; (IC95%= 1.07 – 7.68); p= 0.036]. Conclusões: o estudo traz um panorama
epidemiológico da HAS, DM e Obesidade nas capitais da região norte, fornecendo
conhecimento sobre esses importantes fatores de risco cardiovasculares, como estão
distribuídas nessa população e quais variáveis de risco estiveram associados aos três desfechos,
com vistas a possibilitar a construção de programas de promoção de saúde prevenção desses
agravos, melhorando a qualidade de vida da população do norte do Brasil. |