Os professores compõem o corpo que fundamenta o ensino nas escolas. O senso comum ainda os vê como os sujeitos incumbidos pela ministração das aulas, repasse dos conhecimentos e facilitação do aprendizado. É sabido que essas interpretações têm mudado e elas não são unânimes entre os estudiosos da área da educação. Para esses, os professores são aqueles que promovem possibilidades para a produção ou construção do aprendizado. Embora haja múltiplas compreensões sobre a função docente, o fato é que ainda é sobre os ombros desses sujeitos que repousam a missão de ensinar algo a alguém nesse espaço escolar. Objetiva-se então, neste trabalho, conhecer as identificações dos sujeitos professores de uma escola estadual de tempo integral de Manaus-AM que são capturadas através de seus relatos. Centrada na Análise do Discurso francesa, sob uma perspectiva foucaultiana, a pesquisa foi guiada pelos conceitos essenciais de poder, saber e sujeito, procurando contribuir para a reflexão sobre as subjetividades engendradas por esses sujeitos e suas alteridades. A abordagem utilizada foi a de forma qualitativa, através da coleta de dados por meio de entrevistas com roteiro semiestruturado, que procurou evidenciar as práticas discursivas e não discursivas que impactam no processo de subjetividade docente do ensino público estadual do Amazonas.
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