A utilização de bioinseticidas a base do Bacillus thuringiensis nos programas de controle dos vetores de doenças proporciona inúmeras vantagens. Esta bactéria Gram-positiva, aeróbica, em forma de bastonete, produz durante a esporulação inclusões citoplasmáticas cristalinas denominadas proteínas Cry, que apresentam alta especificidade quanto a sua atividade larvicida contra diferentes ordens de insetos, porém mostra-se segura para o homem e minimiza os impactos ao meio ambiente. Nos primeiros estudos visando a produção desta bactéria foram utilizados produtos de baixo custo como componentes para a fermentação submersa, neste processo não há adição de meio de cultura novo no decorrer do crescimento bacteriano, permitindo alterações nas condições físico-químicas do ambiente, favorecendo a produção deste microrganismo, ao estimular sua esporulação quando o meio torna-se inóspito. Neste trabalho empregou-se a fermentação submersa como ferramenta para a produção de um isolado de Bacillus thuringiensis, da coleção da UFAM, denominado BtAm 27. No crescimento bacteriano utilizou-se, como fonte de carbono, a farinha de macaxeira (Manihot utilissima Pohl) hidrolisada com α-amilase (Thermamyl®) e glucoamilase (Novozymes®), e também extrato de levedura, KH2PO, MgSO4.7H2O, MnSO4.4H2O, CaCl2.2H2O, (NH4)2SO4. A partir deste meio de cultura obteve-se um fermentado com produtividade de 4,8 g/L de massa seca da bactéria, observando-se que o isolado manteve a atividade larvicida contra Aedes aegypti e Anopheles spp.
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