A piscicultura no Brasil cresce cada vez mais devido ao grande interesse por espécies nativas da região Amazônica. O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de frutas tropicais e exóticas, precedido por China e Índia. O processamento destas frutas visando produtos alimentícios como geleia, sucos, polpas e doces, geram um excedente de material orgânico que são descartados por serem considerados resíduos agroindustriais, sendo que seu beneficiamento e transformação poderiam apresentar ingredientes fundamentais para a alimentação animal. Esses resíduos são fonte rica em vitaminas, minerais, energia, fibras e proteínas, que podem ser utilizadas em rações. Esta pesquisa teve como objetivo avaliar o uso de resíduos agroindustriais em rações para juvenis de tambaqui, mediante o desempenho produtivo e seus efeitos sobre a composição centesimal do filé. Portanto, foram preparadas três dietas experimentais, sendo uma sem adição de resíduo de frutas (controle), uma contendo 30% de resíduos de acerola e outra contendo 30% de resíduos de goiaba. Foram analisados parâmetros físico-químicos da qualidade de água. As dietas foram elaboradas de forma isonutritivas e testadas por um período de 90 dias, sendo os peixes mantidos em caixas d’água de 1000 L. Os resultados não apontaram diferença significativa entre os tratamentos, podendo concluir que a inclusão de resíduos de acerola e goiaba podem estar presentes nas dietas de juvenis de tambaqui como fonte de alimento alternativo, sendo produtos de baixo custo para produção de ração e boa viabilidade econômica, minimizando os gastos com ingredientes tradicionais, evitando desperdícios e impactos ambientais causado pelos mesmos.
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