As características geomorfológicas dos canais e áreas de planícies de inundação do sistema fluvial Solimões-Amazonas têm sido analisadas com base em imagens de sensores remotos e cartas de navegação. A análise multitemporal de trechos do Rio Solimões, com base em dados de sensoriamento remoto, mostra as modificações do canal fluvial no decorrer das últimas décadas. Atualmente os processos fluviais de erosão, transporte e deposição compõem a dinâmica fluvial do Rio Solimões, em face à complexidade e periodicidade do regime hidrológico, que muitas vezes causa às populações ribeirinhas, transtornos sociais e econômicos, devido o fenômeno das terras caídas . Esta terminologia popular usada na Amazônia serve para explicar fenômenos erosivos determinados pela dinâmica fluvial, onde a erosão pode-se associar a instabilidade do material fino (arenoso) que compõe os terraços de várzea e a ação dos banzeiros, causada pelo transporte fluvial de cargas, equipamentos e pessoas. O fenômeno das terras caídas se intensifica nas margens dos rios, local onde a erosão é mais elevada, no período das enchentes. Portanto, este projeto de PIBIC visa a análise por meio de técnicas de sensoriamento remoto utilizando imagens ópticas (Landsat-5/TM) e de radar (R99/SAR) da dinâmica fluvial multitemporal do canal do Rio Solimões, entre os municípios de Manaus e Manacapuru.
|
