O estudo da indústria eletroeletrônica deve-se a preponderância tanto em capacidade de absorção de mão-de-obra, quanto no faturamento de capitais, em relação aos demais setores industriais da ZFM. O setor faturou, em 1995, US$ 7,4 bilhões (64,42%) do total do faturamento industrial de Manaus, empregando 26.604 trabalhadores, 56,28% do total de assalariados no PIM. (OLIVEIRA, 2002).
A reestruturação produtiva do setor frente às inovações tecnológicas atuais tem apresentado grandes avanços na produção. As matérias-primas utilizadas, como o aço e outros metais, estão sendo modificadas em quantidade e composições. Também, o crescente aumento da robótica traz consigo a necessidade de mão-de-obra mais qualificada. Logo, chega-se a conclusão que a introdução de equipamentos de inserção automática tem elevado a taxa de desemprego no setor. E para onde está se dirigindo este trabalhador que passa pelo desemprego?
A precarização do trabalho na Zona Franca de Manaus ocorreu através da terceirização, subcontratação e contratos temporários. Outro aspecto a salientar é a relação faturamento/mão-de-obra empregada onde se pode conferir um grande aumento na exploração de mais-valia dos trabalhadores, porque à medida que cresce o faturamento, diminui o número de empregados. Oliveira (2002, p.45) acrescenta que de 1990 a 1997, houve uma redução de 58% na mão-de-obra empregada, ao passo que o faturamento, no mesmo período, apresentou um crescimento linear, chegando a ser superior em 75% no ano de 1997 em relação a 1990 .
Diante desse contexto pretende-se realizar esta pesquisa a fim de auxiliar o leitor a compreender o reflexo do desemprego dentro do maior setor da Zona Franca, observando que destino tomou este(a) trabalhador(a), e, qual foi o resultado da dispensa em sua vida profissional, o que estão pensando em relação à qualificação, em que estão se qualificando, e as exigências do mercado de trabalho para os mesmos.
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