Segundo trabalhos realizados por Vieira e Albuquerque (2004) e Vieira et al. (2005) a BR 174 no trecho compreendido entre Manaus e Presidente Figueiredo (AM) apresentava 31 vocorocas cadastradas. No entanto, em 2010, Tavares (2010), realizaram recadastramento das incisões, acrescentando mais 2 canais incisos, demonstrando o caráter dinamico destes processos. Acrescente-se a estes um outro elemento importante destacado por Molinari et al (no prelo) no qual a totalidade das voçorocas apresentam conexão com os 21 igarapés que entrecortam a rodovia, e que, portanto, realizam o assoreamento gradativo destes canais fluviais, alterando significativamente a paisagem local.
Verifica-se que a totalidade das incisões encontram-se no trecho compreendido entre os km 0 e 90, o que impulsiona alguns questionamentos, tais como: a) por que não surgiram canais incisos nos demais segmentos da rodovia BR 174 que mantém o padrão linear ao longo de seu trajeto? b) será que há relação entre os compartimentos geológicos (formações geológicas, padrões litológicos) com a resistência dos materiais, e portanto, com o surgimento (ou não) de incisões erosivas?
Diante da problemática exposta, visando entender a gênese e dinâmica dos processos morfodinamicos ligados a erosão na estrada BR 174, foi submetido projeto ao CNPq intitulado Impactos Ambientais decorrentes de voçorocas em rodovias no Amazonas (Edital MCT/CNPq 014/2011), de forma que, este projeto de iniciação constitui-se parte integrante daquele projeto maior. Isto posto, para esta pesquisa torna-se necessário: a) mapear a caracterizar as formações geológicas na BR 174 (trecho Manaus Presidente Figueiredo); b) identificar os padroes estruturais (falhas, juntas) ao longo da estrada; c) verificar a densidade de drenagem que entrecorta; e, d) identificar os tipos litológicos.
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