As estenoses de vias aéreas centrais (traquéia e brônquios principais) são diminuições do diâmetro dessas estruturas, podem ser causadas por diversos mecanismos fisiopatológicos (como obstruções por tumores adjacentes e∕ou infiltração dos mesmos etc.) e estão relacionadas à significativa morbidade e mortalidade. Suas manifestações clínicas dependem da localização, da etiologia e do grau de comprometimento luminal, podendo incluir: dispnéia (falta de ar), estridor, sibilância localizada, hipóxia (pouco oxigênio), hipercapnia (excesso de gás carbônico), atelectasia e pneumonia pós-obstrutiva.
A incidência das doenças que podem cursar com estenose traqueobrônquica (sobretudo neoplasia pulmonar) é extremamente elevada no Brasil e as conseqüências deste processo são de grande morbidade (dispnéia, pneumonia pós-obstrutiva, óbito por insuficiência respiratória, entre outros).
O tratamento com órtese de silicone na via aérea já é aceito como parte do armamentário terapêutico existente, porém frequentemente não é utilizado devido a fatores como: dificuldade de obtenção/importação, custo elevado e falta de equipamento apropriado para sua aplicação.
A órtese de silicone HCPA-1 foi especialmente desenvolvida para o tratamento desta condição e apresenta características altamente desejáveis para o uso clínico. Pacientes são selecionados da clientela do Ambulatório Araújo Lima, FCECON, 28 de agosto etc. O orientador avalia a situação do possível sujeito de pesquisa e julga se este se enquadra na pesquisa. Se sim, a pesquisa é explicada ao paciente, ele decide se aceita participar da mesma, e assina o TCLE. Daí ele fará 8 visitas ao longo de doze meses, que incluem exames de triagem, a broncoscopia para colocação da órtese, e outras seis visitas de acompanhamento, em que fará exames de imagens como tomografia computadorizada e raios X, além de avaliação física, e preenchimento de questionário de qualidade de vida, além do controle de qualquer efeito adverso que venha a acontecer.
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