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Relatório de Pesquisa
Conflitos territoriais na Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Igapó Açu
As Unidades de Conservação do Amazonas foram criadas com o intuito de preservar e/ou conservar áreas ambientalmente vulneráveis e destacar politicamente o estado do Amazonas no âmbito nacional e internacional. Essas unidades territoriais têm aumentado quantitativamente nos últimos anos, com o estado...
Autor principal: | Victor Ferreira Inácio |
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Grau: | Relatório de Pesquisa |
Idioma: | pt_BR |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2017
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
http://riu.ufam.edu.br/handle/prefix/5014 |
Resumo: |
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As Unidades de Conservação do Amazonas foram criadas com o intuito de preservar e/ou conservar áreas ambientalmente vulneráveis e destacar politicamente o estado do Amazonas no âmbito nacional e internacional. Essas unidades territoriais têm aumentado quantitativamente nos últimos anos, com o estado do Amazonas despontando na criação de UCs, tendo aproximadamente 40% do território delimitado como área protegida. As UCs têm atuado significativamente no controle do desmatamento e na preservação ecossistêmica, entretanto tem emergido inúmeros conflitos advindos do processo de delimitação e implementação dessas áreas, estabelecendo normas de uso e restrições territoriais específicas. Dentre as UCs do Amazonas, a UC que apresenta maior zona de uso conflitivo (66.000ha) é a Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Uatumã, localizada nos municípios Itapiranga e São Sebastião do Uatumã. Dessa forma, torna-se imprescindível analisar os conflitos territoriais nessa RDS, visto a abundância da biodiversidade contida na unidade e a concentração populacional expressiva. A análise dos conflitos na RDS do Uatumã, objetivo deste projeto, poderá auxiliar na gestão da unidade e no fortalecimento da organização social e autonomia dos povos residentes, por meio das oficinas participantes, que serão realizadas para atingir os objetivos propostos. A intensificação da participação social no processo de planejamento e gestão das UCs pode mitigar significativamente os conflitos nessas unidades territoriais, dando a base suficiente para a construção de uma política de conservação e preservação ambiental de cunho endógeno. Assim sendo, as UCs podem garantir não só a diminuição do desflorestamento, mas também reflorestar áreas ambientalmente degradadas por meio do desenvolvimento de políticas ambientais específicas e sustentáveis. A mitigação dos conflitos emerge, nesse contexto, como um dos elementos principais da gestão que precisa ser desdobrado e trabalhado para a efetividade das UCs, daí reside a necessidade da análise dos conflitos territoriais e de seus reflexos na conjuntura ambiental. |