O uso de corpos humanos mortos para estudo inicia-se sistematicamente no final da Idade Média e chega até os dias de hoje onde o ensino da anatomia é realizado nas universidades tanto por métodos de dissecação de cadáveres como de peças cadavéricas formolizadas. Do ponto de vista bioético, área multidisciplinar que permite o diálogo sobre questões hodiernas, o cadáver humano não deve ser visto como simples objeto de estudo, já que é envolvido por um vínculo emocional e afetivo com os indivíduos com que estabeleceu uma relação. Diante da diminuição do número de doações de cadáveres, os métodos alternativos de ensino na anatomia tornaram-se cada vez mais úteis, visto que a necessidade de corpos para estudo é maior do que a disponibilidade. Sendo assim, é de se lamentar que, nos últimos anos, tenhamos que nos deparar com esta problemática: a redução crescente do número de cadáveres humanos cedidos ao ensino e à pesquisa. No Brasil, apesar das campanhas para doação de corpos ou partes deles para o ensino e pesquisa científica, o tema é bastante questionável. Sendo assim, este projeto tem por objetivo relatar a opinião dos estudantes de Ciências Humanas da UFAM sobre a doação de cadáveres para fins de ensino e sensibilizar a opinião pública para o assunto da doação cadavérica. Esse estudo se constituirá em um estudo qualitativo, do tipo descritivo exploratória, utilizando se de uma amostra de 800 alunos matriculados nos cursos de Ciências Humanas onde serão aplicados questionários para análise dos dados. Este projeto será submetido ao Comitê de Ética e Pesquisa em Seres Humanos da Plataforma Brasil. Espera-se que o projeto venha conscientizar a população sobre a importância da doação de corpos para que no futuro, não só aumente o número de corpos cadavéricos doados para as instituições de ensino, mas conscientize a população sobre a grande importância do ato de doação de órgãos como um todo.
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