O mundo contemporâneo está cada vez mais globalizado, a todo instante surgem
novas tecnologias, e a Matemática não pode ser alheia a essas transformações. O
professor, por sua vez, enfrenta um grande desafio nesse processo: estabelecer
estratégias em sala de aula que esteja interligadas a essas tecnologias e que promova
um melhor aprendizado matemático dos estudantes. Nesse contexto, esta pesquisa
objetivou acompanhar e experimentar os processos possíveis para a aprendizagem
em Geometria Espacial utilizando a fotografia com estudantes do 2º ano do Ensino
Médio do Centro Educacional Governador Gilberto Mestrinho em Tefé/AM, em um
contexto contemporâneo. Buscamos, então, verificar as contribuições que a fotografia,
aliada ao ensino de matemática, especificamente em Geometria Espacial, poderia
proporcionar à aprendizagem nessa área. A pesquisa adotou como pressuposto
cartográfico de investigação, idealizado por Gilles Deleuze e Félix Guattari (1995) e
reforçado por Eduardo Passos, Virgínia Kastrup e Liliana da Escóssia (2009), o estudo
denominado "Pistas do Método Cartográfico", com a colaboração de outros estudiosos
na autoria dos capítulos. Como técnicas de acompanhamento e coleta de dados,
utilizamos a observação participante, e como instrumentos, entrevista individual,
smartphones e diário de campo. A pesquisa partiu da ideia de que a fotografia, além
de contribuir com o trabalho docente, estimula o estudante a compreender a
aplicabilidade do conteúdo estudado no espaço em que está inserido, os conceitos
geométricos, de modo a reconhecê-los em seu dia a dia. Foi necessário pensar em
um currículo de Matemática que contemplasse a qualidade das experiências possíveis
de serem construídas e/ou trabalhadas dentro do ambiente escolar, e a utilização da
fotografia mostrou-se como uma possibilidade viável para que isso acontecesse. As
experiências proporcionadas através desta pesquisa evidenciaram a potencialidade
desta ferramenta para a aprendizagem matemática, além dos desafios que foram
enfrentados. Entre os resultados observados, destacaram-se um aumento na
compreensão dos conceitos geométricos por parte dos estudantes, a flexibilidade na
oralidade quanto as formas espaciais do dia a dia, uma maior motivação para o estudo
da Matemática e uma melhor integração entre os conteúdos estudados em sala de
aula e o contexto real desses estudantes.
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