Dissertação

Acesso aos serviços de saúde mental na Amazônia brasileira: uma revisão de escopo

Introdução: No Brasil, as políticas de saúde formulam que a assistência à saúde e a acessibilidade às ações e serviços está relacionada ao direito à saúde de forma integral mediante acesso universal e equânime. Há alguns anos, diretrizes fundamentam a reforma psiquiátrica no Brasil, abandonand...

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Autor principal: Souza, Karoline Costa de
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/3136475385980110
Grau: Dissertação
Idioma: por
Publicado em: Universidade Federal do Amazonas - Universidade do Estado do Pará 2024
Assuntos:
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Acesso em linha: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/10382
Resumo:
Introdução: No Brasil, as políticas de saúde formulam que a assistência à saúde e a acessibilidade às ações e serviços está relacionada ao direito à saúde de forma integral mediante acesso universal e equânime. Há alguns anos, diretrizes fundamentam a reforma psiquiátrica no Brasil, abandonando o modelo manicomial e consolidando no SUS o modelo de atenção comunitária, mais humana, ativa, acessível, de qualidade e com controle social. Cotidianamente, o SUS apresenta vulnerabilidades em todos os níveis de atenção à saúde, em especial nas regiões norte e nordeste, e exclusivamente na Amazônia, devido ao desafio da complexidade desse território. Objetivo: Mapear a produção de conhecimento acerca do acesso aos serviços de saúde mental pela população da Amazônia brasileira. Métodos: Trata-se de uma revisão de escopo, que adotou como referencial teórico a abordagem proposta pelo Instituto Joanna Briggs-JBI para revisões de escopo. A busca foi realizada nas bases de dados Web of Science, PubMed, Scielo e Biblioteca Virtual de Saúde, e os termos utilizados foram população amazônica, acessibilidade e doença mental, e seus respectivos correspondentes nos idiomas português e espanhol. As pesquisas nas bases geraram um total de 149 resultados, sendo que 26 foram considerados elegíveis por tratarem a temática desta revisão. Resultados: A análise do material coletado possibilitou o conhecimento sobre o acesso a saúde mental na Amazônia. Desse modo, a leitura e a interpretação dos dados possibilitaram a organização de três categorias: 1) Fatores associados à procura de serviços de saúde mental pela população amazônica brasileira; 2) Serviços de saúde mental utilizados pela população da Amazônia Brasileira e 3) Transtornos mentais mais evidenciados e a forma de resolutividade pela rede de atenção psicossocial. Conclusão: Conclui-se que a exploração desenfreada da Amazônia brasileira, sem fiscalização adequada dos responsáveis, causa danos em todos os aspectos à população tradicional, principalmente quanto a saúde mental, com a população apresentando sintomas de transtornos mentais, com alta prevalência em mulheres, de ansiedade, depressão e esquizofrenia, com inadequada assistência a população amazônica em todos os níveis de atenção à saúde. As informações apontam para as dificuldades encontradas no contexto e na gestão. Entretanto, cabe ressaltar que existem políticas públicas pontuando os serviços de saúde mental e sua implementação em todo território brasileiro, mas ainda são pouco expressivas nessa região, o que expressa, ainda, o descaso com a questão da saúde mental.