Tese

Uma abordagem inclusiva para design com crianças com autismo

Apesar da quantidade de pesquisas desenvolvidas atualmente para disponibilizar tecnologias voltadas para pessoas com deficiência, muitos artefatos computacionais não seguem um processo de design que inclua crianças com diversidade neurológica, o que é ainda mais notório incluindo crianças com autism...

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Autor principal: Ferreira, Rallyson dos Santos
Outros Autores: https://lattes.cnpq.br/8248904043863780, https://orcid.org/0000-0001-7471-4805
Grau: Tese
Idioma: por
Publicado em: Universidade Federal do Amazonas 2024
Assuntos:
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Acesso em linha: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/10419
Resumo:
Apesar da quantidade de pesquisas desenvolvidas atualmente para disponibilizar tecnologias voltadas para pessoas com deficiência, muitos artefatos computacionais não seguem um processo de design que inclua crianças com diversidade neurológica, o que é ainda mais notório incluindo crianças com autismo. Dessa forma, a maioria dos artefatos tecnológicos disponíveis não apresentam possibilidades de interação apropriadas para apoiar e melhorar atividades terapêuticas e educacionais dessas crianças. As dificuldades em envolver as crianças com autismo no processo de design são muitas e se tornam ampliadas quanto mais novas são as crianças. Neste caso, há duas dificuldades principais: a primeira é que se tratando de crianças, em fase escolar inicial, tem-se que trabalhar com atividades de feedback imediato e a outra é que sendo crianças com distúrbios neurológicos, como o autismo, elas ainda possuem dificuldades de expressão. Isso acontece, principalmente, pelo fato dessas crianças, devido as suas condições neurológicas típicas do autismo, nos níveis de suporte mais grave, não conseguirem expressar suas ideias e opiniões no design de novas tecnologias. A fim de compreender como se poderia aplicar alguma técnica envolvendo a participação de crianças com autismo, foram realizados estudos de caso, utilizando as perspectivas do design inclusivo (DI) e design participativo (DP), todos contando com a presença de pais e mediadores das crianças com autismo. Nos estudos iniciais foi utilizado um aplicativo mobile com o objetivo de maximizar as possibilidades de reconhecer as ideias de design, das crianças com autismo, por meio de atividades lúdicas, representando algumas atividades do cotidiano. Já no último estudo, o mais longo, foi desenvolvido e utilizado outro artefato, voltado à aprendizagem. A pesquisa foi desenvolvida em parceria com entidades educacionais que trabalham com crianças e jovens com autismo e outras condições neurológicas como síndrome de Down, Asperger e outros. Nesse contexto, a metodologia adotada nesta tese se baseia em um estudo de caso por meio de uma abordagem quantitativa e qualitativa seguindo os preceitos do DI e DP apoiada nas bases conceituais da pedagogia científica educacional de Montessori e nas estratégias da Semiótica Organizacional. Os resultados obtidos da pesquisa demonstram êxito no emprego da abordagem inclusiva proposta alcançando uma participação conjunta entre os diferentes atores envolvidos no projeto, principalmente das crianças com autismo, conseguindo incluí-las e envolvê-las em todas as fases do projeto e, dessa forma, reconhecendo suas prioridades de design.