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Dissertação
Estado nutricional de trabalhadores que atuam na estratégia de saúde da família na cidade de Manaus-AM, 2010
Introdução: As taxas se sobrepeso e obesidade vem aumentando nos últimos anos e pouco se sabe dessa tendência em trabalhadores da Estratégia de Saúde da Família. Objetivo: Avaliar o estado nutricional de trabalhadores que atuam na estratégia de saúde da família na cidade de Manaus-AM, 2010. Meto...
Autor principal: | Moura, Josimara Fernandes de |
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Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/7602999371149740 |
Grau: | Dissertação |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2015
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/3441 |
Resumo: |
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Introdução: As taxas se sobrepeso e obesidade vem aumentando nos últimos anos e pouco se
sabe dessa tendência em trabalhadores da Estratégia de Saúde da Família.
Objetivo: Avaliar o estado nutricional de trabalhadores que atuam na estratégia de saúde da
família na cidade de Manaus-AM, 2010.
Metodologia: A pesquisa foi conduzida, no período de maio a outubro de 2010,
selecionando-se o censo dos trabalhadores da Estratégia de Saúde da Família do Distrito de
Saúde Sul, a saber: médicos, enfermeiros, dentistas, técnicos de enfermagem, técnicos de
higiene dental e agente comunitário de saúde, que totalizam 524 trabalhadores em exercício
profissional. Por se tratar de um estudo longitudinal, com três entrevistas subsequentes,
consultou-se o setor de Recursos Humanos da SEMSA (Secretaria Municipal de Saúde de
Manaus) no sentido de levantar os trabalhadores que estariam licenciados no início da coleta
ou gozando férias em período que incidisse em qualquer uma das três entrevistas, com
intervalo de 30 dias, de forma que 255 se tornaram elegíveis para o presente estudo. Destes,
30 foram excluídos por características relacionadas à saúde, a saber: 25 referiram diagnóstico
pregresso de diabetes, hipertensão e/ou gastrite, morbidades que interferem no perfil de
ingestão alimentar; e 5 sujeitos encontravam-se em período gestacional. Entre os 225 sujeitos
que cumpriam rigorosamente os critérios de inclusão, 7 foram entrevistados mas não
permitiram realização de antropometria já na primeira entrevista; 19 não completaram as três
entrevistas necessárias a avaliação proposta no presente projeto, dos quais 9 desistiram na
segunda entrevista e 10 optaram por não continuar na terceira. Foram obtidos dados
completos de 199 sujeitos entre os 225 elegíveis, com um perda de cerca de 11%. Foi
realizado antropometria, nas duas primeiras entrevistas, por meio de aferição de peso e
estatura para cálculo do Índice de Massa Corpórea e circunferência da cintura nos quais foram
classificados conforme o preconizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). No
protocolo de antropometria constavam informações sóciodemográficas (sexo, idade, tempo de
trabalho na estratégia de saúde da família, renda mensal familiar, prática de exercício físico
150 minutos ou mais por semana). Para análise de consumo alimentar foi aplicado, em três
momentos, dois tipos de inquérito alimentar: recordatório de 24h e o marcador de consumo
alimentar do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN). Para avaliação de
consumo de nutrientes (energia, carboidrato, gorduras saturadas, poliinsaturadass,
monoinsaturadas e fibras) coletado do recordatório de 24h foi utilizado um software de
avaliação nutricional Diet Pro versão 5.1. Com o marcador do SISVAN, analisou a diferença
da frequência semanal de consumo de grupos de alimentos em relação as variáveis
demográficas em trabalhadores. O tratamento dos dados foi feito com o auxílio do programa
estatístico STATA 11.0 e R versão 2.11
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Resultados:
Os resultados foram distribuídos em dois artigos, a saber:
Artigo 1 - Verificou uma elevada taxa de sobrepeso entre os sexos, 62,1% e 51,2%,
respectivamente, masculino e feminino. Em relação a circunferência da cintura as mulheres
apresentaram 51,8 % dentro do risco muito elevado. Foi constatado que essa população é
sedentária (75,9%). Em relação ao consumo alimentar, os dois sexos consumiam energia
abaixo do recomendado, porém elevada ingestão de proteínas, carboidrato gorduras saturadas
e fibras.
Artigo 2 - O consumo médio de legumes e verduras cozidas foi maior entre os indivíduos que
praticavam atividade física (p=0,032) e também entre aqueles com maior renda mensal
familiar (25 a 30 salários-mínimos). A média de consumo de frutas teve diferença
significativa em relação à atividade física, categoria profissional e renda mensal familiar
(p<0,05). A média de consumo de feijão teve diferença significativa com a categoria
profissional e renda mensal, 25 a 30 salários-mínimos, (p<0,05). O grupo de leite e/ou
iogurte, também, apresentou diferença significativa com a categoria profissional e renda
mensal, sendo que os ACD apresentaram média de consumo maior (p=0,038) que as demais
categorias e quem têm renda mensal familiar entre 19 a 24 salários-mínimos (p=0,041). A
média de consumo de bolacha salgada e salgadinho frito mostraram diferença significativa
entre a categoria profissional, escolaridade e renda mensal.
Conclusão: Esses achados podem incidir para o desenvolvimento de doenças crônicas não
transmissíveis, sendo necessária adoção de medidas preventivas e atenção à saúde desses
trabalhadores. O inquérito do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional apresenta
limitações para se relacionar consumo alimentar com doenças, além a investigação de hábito
alimentar da população em geral e deste estudo. |