/img alt="Imagem da capa" class="recordcover" src="""/>
Dissertação
Estudo paleoambiental dos carbonatos pensilvanianos da borda norte da Bacia do Amazonas – região do Rio Jatapú
O registro sedimentar do Grupo Tapajós na Bacia do Amazonas corresponde a rochas de grande interesse econômico, tanto na construção civil como na área do petróleo. Em particular as rochas carbonáticas, na construção civil são exploradas para a fabricação de cimento, e em termos petrolíferos...
Autor principal: | Máximo, Moeme da Silva |
---|---|
Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/1696834966447887 |
Grau: | Dissertação |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2015
|
Assuntos: | |
Acesso em linha: |
http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/4659 |
Resumo: |
---|
O registro sedimentar do Grupo Tapajós na Bacia do Amazonas corresponde a rochas de
grande interesse econômico, tanto na construção civil como na área do petróleo. Em particular
as rochas carbonáticas, na construção civil são exploradas para a fabricação de cimento, e em
termos petrolíferos, despertam interesse quanto ao entendimento do comportamento como
rochas armazenadoras e selantes de hidrocarbonetos. Aqui foi abordado particularmente às
ocorrências encontradas na borda norte da Bacia do Amazonas, no rio Jatapú, munícipio de
Urucará no estado do Amazonas, onde a exploração do calcário pelo Grupo João Santos
permitiu a exposição de uma belíssima sucessão sedimentar a qual foi alvo desse estudo.
Foram realizados estudos petrográficos, mineralógicos, faciológicos, químicos e isotópicos
com o objetivo de compreender a história geológica dessas rochas. Foram coletadas amostras
espaçadas a cada 0,50 m ao longo de um perfil litoestratigráfico com 15 metros de altura
resultando em 46 amostras divididas em três níveis. O nível inferior formado por carbonato
puro com calcita e quartzo (elevado conteúdo de CaO), seguido pelo nível médio constituído
de folhelho com caulinita, illita/muscovita, pirita, ankerita e dolomito com concentrações
mais altas de SiO, MgO, AlO, FeO, KO, elementos traços (Sc, V, Ni, Cu, Zn, Ga, Rb, Zr, 223232
Nb, Mo, Cs, Hf, Pb, Th) e terras raras. Finalmente, o nível superior que corresponde a calcário
constituído por calcita e dolomita com intercalações de material caulinítico, possui as
concentrações médias em todos os elementos analisados. Nesses três níveis foram
identificadas 8 fácies, que foram refinadas por análise petrográfica, sendo individualizadas 21
microfácies. Com a integração dos dados de microfácies e isotópicos de carbono e oxigênio,
foi identificada a presença de fluídos diagenéticos de origem meteórica assim como a
caracterização de dolomitas do tipo B e C. As microfácies permitiram o agrupamento em três
associações de fácies características de ambientes lagunar (AF1), banco bioclástico (AF2) e
marinho raso (AF3). O registro lagunar é composto de folhelhos, dolomitos e mudstones com
uma assembléia fossilífera constituída por foraminíferos, equinodermas, braquiópodes,
gastrópodes, pelecípodes, ostracodes, briozoários e pelóides. Com base nessa associação e
com dados isotópicos de carbono e oxigênio constatou-se a presença de uma conexão marinha
nesse ambiente. O banco bioclástico, cuja transição com o ambiente lagunar é marcada por
oóides, é caracterizado por fragmentos de bioclastos e conchas desarticuladas indicando
ambiente de intermaré. O ambiente marinho em condições de inframaré é marcado pela maior
fragmentação dos bioclastos e praticamente ausência de lama carbonática. Essas condições
são compatíveis com modelo deposicional de plataforma rasa do tipo rampa carbonática em
condições de clima quente e húmido. |