As consequências sociais e ambientais da crise ambiental estão cada vez mais evidentes e tem alcançado níveis globais e locais. Seus efeitos são notórios no contexto escolar onde as várias expressões da questão socioambiental tem influenciado diretamente no processo ensino/aprendizagem. São várias as iniciativas voltadas para reverter essa realidade, os debates em todos os setores da sociedade se concentram na busca por alternativas ancoradas na perspectiva da sustentabilidade. É nesse contexto que surge o protagonismo da Educação Ambiental, considerada, em vários eventos ambientais, nacionais e internacionais, como um instrumento fundamental no enfrentamento da questão socioambiental e no alcance da sustentabilidade. Por isso, entendemos que a Educação Ambiental tem um papel fundamental nas escolas, pois sua efetivação pode reverter as problemáticas socioambientais evidenciadas no contexto escolar e na comunidade em que está inserida. Apesar disso, a abordagem da Educação Ambiental nas escolas ainda tem sido de forma insuficiente. Nesse sentido, é importante traçarmos um quadro sobre a forma como a Educação Ambiental está sendo desenvolvida nas escolas municipais de Manaus, ou seja evidenciar as questões que inviabilizam e as efetivam sua prática para que possamos aperfeiçoar cada vez os caminhos para sua consolidação nas escolas. Assim, essa pesquisa buscou analisar as práticas pedagógicas de Educação Ambiental em duas escolas municipais de Manaus. As abordagens consideraram as informações da pesquisa de campo que utilizou os seguintes instrumentos técnicos de pesquisa: entrevista semiestruturada para os gestores (2), pedagogos (2) e educadores (18) e a aplicação de um questionário para os educandos do 9º ano (60) do Ensino Fundamental. As práticas pedagógicas de Educação Ambiental das duas escolas pesquisadas mostraram-se incipientes, pois as abordadas da complexidade socioambiental e suas implicações no contexto escolar se baseia em uma prática conservadora da Educação Ambiental, ou seja, se baseia em uma concepção “reducionista, biologizante ou fragmentada” da questão socioambiental; compreende a natureza como algo exterior a vida humana (visão cartesiana). Contudo, entendemos que pelo viés da cultura e da sustentabilidade é possível desenvolver uma Educação Ambiental que favoreça nos educandos uma consciência crítica, reflexiva e analítica, levando-os a participar nas soluções dos problemas socioambientais de sua realidade local, desenvolvendo uma dinâmica interativa com todos os atores sociais para se tornarem atuantes no processo de transformação da realidade socioambiental ao mudar a forma de se relacionar com a natureza.
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