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Tese
Estudo farmacológico dos extratos bruto e hidroalcoólico do Gengibre Amargo (Zingiber zerumbet L. Smith) da região amazônica para o encapsulamento funcional
Alimento funcional é aquele que apresenta em sua formulação uma ou mais substâncias que comprovadamente além de nutrir tenha uma função benéfica ao organismo. Alimentos apresentados em cápsula, comprimidos e tabletes, constituídos de partes comestíveis de frutas e vegetais submetidos a processame...
Autor principal: | Machado, Daniely da Silva Pinheiro |
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Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/5086894879059970 |
Grau: | Tese |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2018
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/6178 |
Resumo: |
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Alimento funcional é aquele que apresenta em sua formulação uma ou mais substâncias que
comprovadamente além de nutrir tenha uma função benéfica ao organismo. Alimentos
apresentados em cápsula, comprimidos e tabletes, constituídos de partes comestíveis de frutas
e vegetais submetidos a processamento de secagem ou desidratação, devem ser avaliados
como novos alimentos. O Zingiber zerumbet L. Smith (ZZ) é um importante membro da
família Zingiberaceae tem sido tradicionalmente usado na medicina popular em todo o
mundo, especialmente no Sul asiático, incluindo a Índia. Essa espécie é divulgada
internacionalmente, principalmente pela fabricação de xampu elaborado da flor e apresenta
inúmeras propriedades medicinais tais como: atividade anti-inflamatório, antitumoral, antialérgica,
antipirético e atividade anti-agregação plaquetária. A Zerumbona, o príncipio ativo
extraído dos rizomas da planta é uma substância de alto poder terapêutico. Neste contexto, o
presente trabalho propõe o encapsulamento dos extratos aquoso e hidroalcoólico dos rizomas
de ZZ, para as mesmas serem utilizadas como alimento funcional, portanto, foi necessário
avaliar algumas atividades e também a toxicidade dos extratos. Para o extrato aquoso (EAZZ)
os rizomas de ZZ foram processados, e para o extrato hidroalcoólico os rizomas triturados
foram submetidos ao processo de maceração. A determinação de minerais dos rizomas de ZZ
foi pelo método da AOAC (1995). O screening fitoquímico dos extratos foi através da
metodologia de Mattos (1997). A Cromatografia de camada delgada (CCD) em sílica gel
utilizando como reveladores o iodo, sulfato sérico e UV 254nm e 365nm. Foram utilizados
camundongos para o teste de toxicidade aguda sendo avaliados durante 14 dias, para o teste
de citotoxicidade, o teste com Artemia salina segundo Meyer (1982). Para a atividade antiúlcera
foi utilizado o modelo gástrico de indução por etanol em camundongos, e a atividade
antinociceptiva foi verificada através dos testes de contorção abdominal induzida por ácido
acético, teste de placa quente e hiperalgesia. A atividade anti-inflamatória foi avaliado os
Edema de pata em ratos e Edema de orelha em camundongos. Dos resultados preliminares,
obteve-se um teor extrativo de 60g de EBZZ e 10g de EHZZ, em um percentual de 1% e
0,16%, respectivamente. Os extratos possuem um odor característico. Na determinação de
minerais dos rizomas de ZZ existe maior quantidade de ferro (231 mg/kg). O screening
fitoquímico de EBZZ e EHZZ revelou a presença dos seguintes compostos: xantonas,
flavonóides, fenóis, taninos e alcalóides. Na CCD do EBZZ indicou uma mancha revelada no
iodo com o fator de retenção de aproximadamente 0,7 cm semelhante ao da Zerumbona (0,8)
e EHZZ apresentou três manchas reveladas em iodo e UV 254nm. Na toxicidade aguda e
subcrônica, pode-se afirmar que os extratos EBZZ e EHZZ não produzem nenhuma
toxicidade ou mortalidade em camundongos e ratos. EBZZ e EHZZ apresentaram uma CL50
de 117.49 e 181.9μg∕mL no teste de citoxidade com Artemia salina . Os extratos tiveram um
potente efeito inibitório contra lesões gástricas, possuem efeito gastroprotetor. Na avaliação
do teste de contorção abdominal pode-se constar que EBZZ e EHZZ nas doses de 250 e 500
mg/kg produziram um efeito anti-nociceptível significativo. No teste de placa quente e
hiperalgesia os extratos demonstraram que possuem atividade analgésica. A avaliação da
atividade anti-inflamatória foi significativa na ação fisiológica em determinadas doses em
modelos de dor inflamatória causada por estímulo químico. De acordo com os resultados
preliminares de EBZZ e EHZZ ambos apresentaram efeitos antinociceptível, anti-inflamatório
e anti-ulceroso, e não tiveram toxicidade, possivelmente os extratos podem ser encapsulados
como alimento funcional introduzindo um produto biotecnológico diferenciado no mercado e
contribuindo para os estudos científicos desta valiosa planta medicinal. |