Os espaços de consumo popular como as feiras, galerias, lojas de rua, camelôs, revendedores e ambulantes em regiões centrais ou periféricas das grandes cidades, demonstram não só sua importância econômica. São espaços carregados de significados, representações e relações fundamentais para a construção de sociabilidades, identidades e vínculos afetivos. Assim também a moda e o vestuário que carregam a identidade social do sujeito e são indissociáveis ao consumo no século XXI. Esta realidade social faz parte do cotidiano da rua Marechal Deodoro, um dos principais e tradicionais centros de consumo popular de Manaus. A rua é vibrante e intensa e foi se transformando ao longo dos anos assim como os sujeitos que nele transitam e as formas como estes se relacionam com a moda e o vestuário. Com presença marcante de comerciantes árabes, nordestinos e chineses, o espaço abriga o comércio formal e informal de confecções de moda adulto, jovem e infantil. O barulho é a marca registrada do local e ecoa por toda extensão da rua. Assim a rua Marechal Deodoro virou a folclórica rua do “Bate-palma” ou “Shopping Bate-palmas” nome que o manauara passou a utilizar para se referir ao local. Para compreender o processo de consumo de moda e vestuário nesse universo heterogêneo e complexo, a cartografia nos permitiu uma visão panorâmica do espaço, suas relações sociais e significados de consumo entre os diversos grupos e sujeitos que compõem a esfera da moda e vestuário do Bate Palmas.
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