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Dissertação
Avaliação in vitro da atividade antileishmania da zerumbona
A Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) é uma doença infecciosa não contagiosa causada por protozoários do gênero Leishmania. Aproximadamente, 98 já notificaram a doença, acometendo 12 milhões de pessoas em todo o mundo. Os pacientes com LTA apresentam quadro clínico diferenciado, manifestando-...
Autor principal: | Brasil, Anny Maíza Vargas |
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Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/9030408831050364, https://orcid.org/0000-0001-7191-3999 |
Grau: | Dissertação |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
2021
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8416 |
Resumo: |
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A Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) é uma doença infecciosa não
contagiosa causada por protozoários do gênero Leishmania. Aproximadamente, 98
já notificaram a doença, acometendo 12 milhões de pessoas em todo o mundo. Os
pacientes com LTA apresentam quadro clínico diferenciado, manifestando-se na
forma cutânea e mucosa. O tratamento da doença no Brasil faz o uso das drogas de
primeira e segunda escolha, sendo representados pelos antimonais pentavalente e
as demais drogas incomporadas como tratamento no decorrer dos anos. É
necessário para determinar a terapêutica a ser aplicada considerar as características
clínicas das lesões, a susceptibilidade aos medicamentos, a localização geográfica
em que a infecção foi adquirida e a espécie de Leishmania infectante. Apesar da
eficácia desses fámacos, eles exibem alta toxicidade, efeitos colaterais adversos,
resistência a algumas espécies e forma de administração requerida parenteral.
Nesse contexto, faz-se necessário a busca por novas composições que apresentem
atividade antileishmania que demonstre eficácia e segurança, facilitando o
tratamento da doença. Estudos com a zerumbona, um sesquiterpeno encontrado em
Zingiber zerumbet (L.) Roscoe ex Sm., demonstraram que esse composto possui
múltiplas propriedades biomédicas, diante disso tem despertado grande interesse da
comunidade científica na possibilidade de usar esse composto para tratamento de
leishmaniose cutânea. Neste estudo a zerumbona da Sigma-aldrich foi testada com
o objetivo de avaliar a atividade antileishmania in vitro contra formas promastigotas e
amastigotas de Leishmania (Leishmania) amazonensis e Leishmania (Viannia)
guyanensis e a citotoxicidade frente a macrófagos peritoneais murinos. Para
avaliação da atividade da zerumbona contra formas promastigotas os parasitas
foram expostos à substância em estudo nas concentrações de 0.250 – 0.015 mg/mL,
durante 48 a 72 horas para L.(V.) guyanensis e 72 a 96 horas para de L. (L.)
amazonensis. Foi avaliada a atividade citotóxica frente a macrófagos peritoneais
murinos. Para avaliação das formas amastigotas, macrófagos peritoneais murinos
foram submetidos à infecção com formas promastigotas das espécies em estudo e
posteriormente foram expostos a zerumbona nas concentrações 0.250 – 0.031
mg/mL por 48 a 72 horas para L.(V.) guyanensis e 72 a 96 horas para L. (L.)
amazonensis a fim de avaliar a morfologia celular e determinar a taxa de infecção.
Os bioensaios indicaram que a zerumbona apresenta toxicidade para o modelo
celular em estudo nas concentrações de 0.250 mg/mL e 0.125 mg/mL e embora o
mecanismo de ação não seja definido sugere-se que seja através da condensação
do DNA ou stresse oxidativo o que leva a célula a sofrer apoptose. Apresentou
atividade antileishmania promissora contra formas promastigotas das duas espécies
com CE50 capaz de reduzir mais que 50% do crescimento dos parasitas em todo o
período de incubação. Os bioensaios contra formas amastigotas para as espécies L.
(L.) amazonensis (72 e 96h) e L. (V.) guyanensis (48 e 72h) apresentaram atividade
antileishmania sendo avaliada inibição de até 50 % da taxa de infecção para ambas
as espécies. Pela primeira vez é mostrada a atividade da zerumbona contra fromas
promastigotas e amastigotas das espécies alvo desse estudo sendo promissor para
ambas a espécies, o que nos encoraja para continuar com os testes in vivo para o
tratamento de LTA. |