Este trabalho tem como objetivo analisar os desafios de professores no exercício da docência
na interface com a prática pedagógica desenvolvida em sala de aula regular em que estão
inseridos alunos com TEA. Está fundamentado em uma pesquisa de abordagem qualitativa e
para a coleta foi realizado o Grupo Focal que contou com a participação de dez professores de
uma escola municipal de ensino fundamental de Humaitá/AM. A escola, lócus de estudo foi
selecionada por ter o maior número de alunos com TEA no ensino regular no ano de 2019. O
tratamento dos dados coletados foi à luz da Análise de Conteúdo, apresentados em três
categorias voltadas ao conhecimento da inclusão e do TEA; às práticas pedagógicas e à
formação dos professores. As respostas evidenciadas pela pesquisa, podem ser resumidas
afirmando que os desafios das práticas pedagógicas dos professores para a inclusão de alunos
com TEA, estão relacionados à falta ou superficialidade de conhecimentos para saber lidar com
situações específicas que surgem no contexto do ensinar e do aprender em sala de aula; a falta
de recursos humanos como o professor auxiliar e o cuidador; a necessidade de estrutura física
e pedagógica na escola; salas de aula lotadas, dificultando atenção maior ao aluno com TEA;
falta de incentivo institucional e pessoal para a formação continuada. Diante do emergido, foi
possível perceber que na fala dos professores o respeito, a afetividade, a compreensão ao ritmo
do aluno, a empatia, o trabalho em equipe e as experiências compartilhadas são estratégias de
enfrentamento aos desafios que os professores se deparam no cotidiano da docência. Esperamos
que este trabalho suscite o desejo pela busca de novos conhecimentos e reflexões pertinentes à
temática desta pesquisa em que os professores que têm alunos com o Transtorno do Espectro
do Autismo (TEA), e sintam-se desafiados em relação ao desenvolvimento de suas práticas
pedagógicas para incluir e não excluir esses alunos.
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