A presente pesquisa investigou a política rodoviária implantada na Amazônia durante a Ditadura Militar, buscando esclarecer a lógica da estratégia governamental. Essa estratégia estava vinculada às maneiras de interpretar os problemas nacionais e regionais, levando a termo possíveis soluções. Quanto à orientação metodológica, nosso estudo foi de caráter exploratório e bibliográfico. O trabalho constituiu-se de três etapas: na primeira, nos ocupamos em contextualizar intervenções federais na região amazônica a partir da década de 1930, ressaltando os governos de Getúlio Vargas e de Juscelino Kubitschek, salientando a abertura das rodovias Belém-Brasília e Brasília-Acre. No segundo momento da pesquisa, discorremos a respeito da relação entre a Ditadura Militar e a Doutrina de Segurança Nacional, a Operação Amazônia e a abertura das estradas BR-230 (Transamazônica), BR-163 (Cuiabá-Santarém), BR-319 (Manaus-Porto Velho) e BR-174 (Manaus-Boa Vista). Na terceira etapa do trabalho apresentamos os resultados da política de transporte executada na Amazônia entre 1964 e 1985. Dentre eles, evidenciamos acessibilidade, desmatamento, aumento demográfico e ocupação no entorno das estradas. Atualmente, as rodovias presentes na região representam um papel estratégico na economia do país em virtude do escoamento da produção de grãos.
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