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Dissertação
Estudo de custo-efetividade da suplementação de cálcio em baixa dose durante a gravidez para prevenir a pré-eclâmpsia em Manaus
Introdução: A pré-eclâmpsia causa a morte de 42 mil gestantes anualmente no mundo. A taxa de mortalidade é elevada em países em desenvolvimento. Dessas mortes, 94% seriam evitáveis de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), sendo que uma alternativa a essa desordem hipertensiva é a suple...
Autor principal: | Souza, Mauro Leno Rodrigues de |
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Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/8411774462704834, https://orcid.org/0000-0001-6122-6968 |
Grau: | Dissertação |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2023
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/9520 |
Resumo: |
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Introdução: A pré-eclâmpsia causa a morte de 42 mil gestantes anualmente no mundo. A taxa
de mortalidade é elevada em países em desenvolvimento. Dessas mortes, 94% seriam evitáveis
de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), sendo que uma alternativa a essa
desordem hipertensiva é a suplementação de cálcio alimentar para gestantes. Objetivo:
Verificar a relação custo-efetividade da administração de cálcio (500mg/dia) em gestantes para
prevenção de desordens hipertensivas e pré-eclâmpsia a partir da 16a semana de gestação em
usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS) em Manaus. Metodologia: O estudo de avaliação
econômica com análise de custo efetividade realizado a partir de dados de gestantes recrutadas
em Unidades Básica de Saúde (UBS) ligadas ao sistema de saúde de Manaus, cujos desfechos
maternos e perinatais foram obtidos a partir de prontuários hospitalares de parturientes e recém-
nascidos nas maternidades credenciadas pelo SUS. Foram coletadas 1020 gestantes, 510
suplementadas com cálcio 500 mg/dia e 510 sem suplementação, tendo como critérios de
inclusão a idade gestacional entre 16 e 20 semanas e parto realizado nas maternidades públicas
de Manaus. Foi adotada a perspectiva do SUS, considerando os custos praticados no sistema
público, custo que envolvem gastos com a aquisição de medicamentos, insumos e
procedimentos, foram calculados em valor acervo de BRL de 2022 pelo índice de preços ao
consumidor (IPCA). Foi elaborado a árvore de decisão com alternativa e/ou decisão com
suplementação e sem suplementação de cálcio, com os cenários de: com desordens
hipertensivas, sem desordens hipertensivas e pré-eclâmpsia. Na análise de sensibilidade
probabilística foi utilizado o modelo de Monte Carlo com 10 mil simulações e análise de limiar
para identificar o custo da tecnologia, mantendo inalterados outros parâmetros. Em relação às
análises estáticas, a normalidade foi verificada com teste Shapiro-Wilk (P>0,05). Foi observado
a correlação de Pearson entre custo total, grupo e diagnóstico materno a significância foi de p<
0,05. Resultado: Suplementar cálcio apresenta efetividade para redução de desordens
hipertensivas com custo médio por paciente menor se comparado a gestantes não
suplementadas. O valor de custo médio do grupo suplementado foi de R$ 1.729,26 e do grupo
não suplementado R$ 1.800,95. Se projetado para 100 mil parturientes, geraria uma economia
de R$ 7,2 milhões. A eficácia incremental das desordens hipertensivas evitadas observadas entre
o grupo suplementado com cálcio e o não suplementado ocorreu em 99,95% das 10 mil
simulações de Monte Carlo, um resultado positivo que totalizou de R$ 20,1 milhões para efeito
desordens, indicando que a suplementação de cálcio pode ser uma alternativa custo-efetiva.
Conclusão: Foi observado o custo negativo (R$ -71,69) para o consumo de suplementação de
cálcio e efeito positivo para redução das desordens hipertensiva e pré-eclâmpsia em comparação
ao padrão de atendimento sem interação, em comparação, aos benefícios produzidos pelo
consumo de cálcio ao padrão de atendimento que apresentou ligeiro aumento no efeito e no
custo. |