/img alt="Imagem da capa" class="recordcover" src="""/>
Tese
Avaliação de frutos amazônicos do gênero Ambelania: estudos químicos e nutricionais
Os frutos das espécies Ambelania acida e duckei, conhecidos popularmente como pepino doce e pepino bravo, respectivamente, possuem composições nutricionais e químicas pouco evidenciadas em trabalhos anteriores. Essas espécies são nativas, não endêmicas, do Brasil e pertencem à familia Apocynaceae, c...
Autor principal: | Corrêa, Pollyane Gomes |
---|---|
Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/2129052416051433 |
Grau: | Tese |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2023
|
Assuntos: | |
Acesso em linha: |
https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/9780 |
id |
oai:https:--tede.ufam.edu.br-handle-:tede-9780 |
---|---|
recordtype |
dspace |
spelling |
oai:https:--tede.ufam.edu.br-handle-:tede-97802023-10-27T05:03:44Z Avaliação de frutos amazônicos do gênero Ambelania: estudos químicos e nutricionais Evaluation of Amazonian fruits of the Ambelania genus: chemical and nutritional studies Corrêa, Pollyane Gomes Silva, Jefferson Rocha de Andrade http://lattes.cnpq.br/2129052416051433 http://lattes.cnpq.br/1047548635863594 Pohlit, Adrian Martin http://lattes.cnpq.br/1374256752569626 Pinheiro, Maria Lucia Belém http://lattes.cnpq.br/9299061381457390 Rodrigues, Igor de Almeida http://lattes.cnpq.br/5611025054649406 CIENCIAS EXATAS E DA TERRA: QUIMICA: QUIMICA ORGANICA Nutrientes Aromas Cromatografia Os frutos das espécies Ambelania acida e duckei, conhecidos popularmente como pepino doce e pepino bravo, respectivamente, possuem composições nutricionais e químicas pouco evidenciadas em trabalhos anteriores. Essas espécies são nativas, não endêmicas, do Brasil e pertencem à familia Apocynaceae, cujos frutos possuem atividade antioxidante e anti-inflamatória. Deste modo, foram realizadas em amostras de cascas, polpas e sementes dos frutos de ambas espécies; análises de composição centesimal, mineral, compostos bioativos, atividade antioxidante, ácidos graxos, compostos orgânicos voláteis, e identificação de compostos por CL-EM. O teor de proteínas na polpa de ambos os frutos (2,4 e 2,7 g/100g para A. duckei e A. acida) foi maior quando comparado com frutos da mesma família e outros tropicais. O teor dos minerais K, Ca e Mg presentes nas cascas e polpas de ambos, também se destacaram dentre os demais minerais analisados. As cascas de ambos os frutos, apresentaram maiores quantidades de compostos bioativos bem como melhor atividade antioxidante em relação as suas respectivas polpas. A análise das frações lipídicas da casca, polpa e sementes dos frutos de A. duckei e A. acida resultaram, de forma respectiva, em 14 e 11 tipos de ácidos graxos, sendo os principais: o ácido oleico (casca, 22,52; 23,57%), ácido palmítico (polpa, 17,34; 34,00%) e ácido linoleico (sementes, 47,99; 47,00%). O perfil lipídico e os aspectos nutricionais tinham uma relação AGPI/AGS (0,4-1,8) nas diferentes partes dos dois frutos analisados; os índices aterogênicos (1,87 e 0,72) e trombogênicos (0,62 e 1,63) das polpas de ambos, mostrado de forma respectiva para A. duckei e A. acida, foram mais altos em relação as demais partes dos frutos. A razão entre os ácidos graxos hipocolesterolemicos e hipercolesterolemicos (0,5 - 3,8), calculados para os dois frutos, estão dentro da faixa desejável para um alimento nutritivo. Dentre os COV identificados nas cascas e polpas de ambos os frutos, os terpenos foram os mais abundantes. Notas aromáticas como floral e menta se destacaram no aroma das partes do fruto de A. duckei característicos da β-ionona e 1,8-cineol, já notas como frutado, cítrico e amadeirado foram algumas que se destacaram no aroma das partes do fruto A. acida característicos do α-cubebeno e β-cubebeno. A análise por CL-EM de cascas, polpas e sementes do fruto de A. duckei permitiu a identificação de 26 substâncias como ácido fenólico, flavonoides, alcaloides, terpenoides e proantocianidinas, sendo esta última, a classe dominante encontrada nas cascas e polpa do fruto analisado. Diante do exposto, conclui-se que as polpas dos dois frutos estudados podem ser inseridas numa dieta saudável, e as partes dos frutos normalmente não consumíveis como cascas e sementes, possuem potencial para aplicações comerciais em virtude de suas boas quantidades de componentes nutricionais e bioativos. The fruits of the species Ambelania acida and Ambelania duckei, popularly known as sweet cucumber and wild cucumber, respectively, they have nutritional and chemical compositions that are not very well evidenced in previous researches so far. Those are native species from the region, not endemic, though. Both belong to the Apocynaceae family, whose fruits have antioxidant and anti-inflammatory activity. Thus, we performed in samples of peel, pulp and seeds of both fruits of the genus Ambelania: analyses of the centesimal composition, minerals, bioactive compounds, antioxidant activity, fatty acids, volatile organic compounds, and identification of compounds by LC-MS. The amount of protein in the pulp of both fruits (2.4 and 2.7 g/100g b.u. for A. duckei and A. acida) was higher when compared to other fruits of the same family and other tropical fruits. The mineral contents of K, Ca and Mg located in the peels and pulps of both, also stood out among the other minerals analyzed. The peels of both fruits presented higher amounts of bioactive compounds as well as better antioxidant activity than their respective pulps. The analysis of the lipid fractions of the peel, pulp and seeds of A. duckei and A. acida fruits resulted, respectively: in 14 and 11 types of fatty acids, being the main ones: oleic acid (peel, 22.52%; 23.57%), palmitic acid (pulp, 17.34%; 34.00%) and linoleic acid (seeds, 47.99%; 47.00%). The lipid profile and nutritional aspects had a PUFA/SFA ratio (0.4-1.8) in the different parts of the two fruits analyzed; the atherogenic (1.87 and 0.72) and thrombogenic (0.62 and 1.63) indices, of the pulp of both, shown respectively for A. duckei and A. acida, were higher compared to the other parts of the fruits. The ratio of hypocholesterolemic to hypercholesterolemic fatty acids (0.5 - 3.8), calculated for both fruits, are within the desirable range for a nutritious food. Among the VOCs identified in the peels and pulps of both fruits, terpenes were the most abundant. Aromatic notes like floral and mint stood out in the aroma of the fruit parts of A. duckei characteristic of β-ionone and 1,8-cineole, while notes like fruity, citrus and woody were some that stood out in the aroma of the fruit parts of A. acida characteristic of α-cubebene, and β-cubebene. The LC-MS analysis of A. duckei fruit peels, pulp and seeds allowed the identification of 26 substances such as phenolic acid, flavonoids, alkaloids, terpenoids and proanthocyanidins, the latter being the dominant class found in the analyzed fruit peels and pulp. In view of the above, it is believed that the pulps of the two fruits studied can be included in a healthy diet, and the parts of the fruits normally not consumable, such as peels and seeds, have potential for commercial applications because of their good quantities of nutritional and bioactive components. FAPEAM - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas 2023-10-26T14:51:10Z 2023-10-03 Tese CORRÊA, Pollyane Gomes. Avaliação de frutos amazônicos do gênero Ambelania: estudos químicos e nutricionais. 2023. 70 f. Tese (Doutorado em Química) - Universidade Federal do Amazonas, Manaus (AM), 2023. https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/9780 por Acesso Aberto https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/ application/pdf Universidade Federal do Amazonas Instituto de Ciências Exatas Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Química |
institution |
TEDE - Universidade Federal do Amazonas |
collection |
TEDE-UFAM |
language |
por |
topic |
CIENCIAS EXATAS E DA TERRA: QUIMICA: QUIMICA ORGANICA Nutrientes Aromas Cromatografia |
spellingShingle |
CIENCIAS EXATAS E DA TERRA: QUIMICA: QUIMICA ORGANICA Nutrientes Aromas Cromatografia Corrêa, Pollyane Gomes Avaliação de frutos amazônicos do gênero Ambelania: estudos químicos e nutricionais |
topic_facet |
CIENCIAS EXATAS E DA TERRA: QUIMICA: QUIMICA ORGANICA Nutrientes Aromas Cromatografia |
description |
Os frutos das espécies Ambelania acida e duckei, conhecidos popularmente como pepino doce e pepino bravo, respectivamente, possuem composições nutricionais e químicas pouco evidenciadas em trabalhos anteriores. Essas espécies são nativas, não endêmicas, do Brasil e pertencem à familia Apocynaceae, cujos frutos possuem atividade antioxidante e anti-inflamatória. Deste modo, foram realizadas em amostras de cascas, polpas e sementes dos frutos de ambas espécies; análises de composição centesimal, mineral, compostos bioativos, atividade antioxidante, ácidos graxos, compostos orgânicos voláteis, e identificação de compostos por CL-EM. O teor de proteínas na polpa de ambos os frutos (2,4 e 2,7 g/100g para A. duckei e A. acida) foi maior quando comparado com frutos da mesma família e outros tropicais. O teor dos minerais K, Ca e Mg presentes nas cascas e polpas de ambos, também se destacaram dentre os demais minerais analisados. As cascas de ambos os frutos, apresentaram maiores quantidades de compostos bioativos bem como melhor atividade antioxidante em relação as suas respectivas polpas. A análise das frações lipídicas da casca, polpa e sementes dos frutos de A. duckei e A. acida resultaram, de forma respectiva, em 14 e 11 tipos de ácidos graxos, sendo os principais: o ácido oleico (casca, 22,52; 23,57%), ácido palmítico (polpa, 17,34; 34,00%) e ácido linoleico (sementes, 47,99; 47,00%). O perfil lipídico e os aspectos nutricionais tinham uma relação AGPI/AGS (0,4-1,8) nas diferentes partes dos dois frutos analisados; os índices aterogênicos (1,87 e 0,72) e trombogênicos (0,62 e 1,63) das polpas de ambos, mostrado de forma respectiva para A. duckei e A. acida, foram mais altos em relação as demais partes dos frutos. A razão entre os ácidos graxos hipocolesterolemicos e hipercolesterolemicos (0,5 - 3,8), calculados para os dois frutos, estão dentro da faixa desejável para um alimento nutritivo. Dentre os COV identificados nas cascas e polpas de ambos os frutos, os terpenos foram os mais abundantes. Notas aromáticas como floral e menta se destacaram no aroma das partes do fruto de A. duckei característicos da β-ionona e 1,8-cineol, já notas como frutado, cítrico e amadeirado foram algumas que se destacaram no aroma das partes do fruto A. acida característicos do α-cubebeno e β-cubebeno. A análise por CL-EM de cascas, polpas e sementes do fruto de A. duckei permitiu a identificação de 26 substâncias como ácido fenólico, flavonoides, alcaloides, terpenoides e proantocianidinas, sendo esta última, a classe dominante encontrada nas cascas e polpa do fruto analisado. Diante do exposto, conclui-se que as polpas dos dois frutos estudados podem ser inseridas numa dieta saudável, e as partes dos frutos normalmente não consumíveis como cascas e sementes, possuem potencial para aplicações comerciais em virtude de suas boas quantidades de componentes nutricionais e bioativos. |
author_additional |
Silva, Jefferson Rocha de Andrade |
author_additionalStr |
Silva, Jefferson Rocha de Andrade |
format |
Tese |
author |
Corrêa, Pollyane Gomes |
author2 |
http://lattes.cnpq.br/2129052416051433 |
author2Str |
http://lattes.cnpq.br/2129052416051433 |
title |
Avaliação de frutos amazônicos do gênero Ambelania: estudos químicos e nutricionais |
title_short |
Avaliação de frutos amazônicos do gênero Ambelania: estudos químicos e nutricionais |
title_full |
Avaliação de frutos amazônicos do gênero Ambelania: estudos químicos e nutricionais |
title_fullStr |
Avaliação de frutos amazônicos do gênero Ambelania: estudos químicos e nutricionais |
title_full_unstemmed |
Avaliação de frutos amazônicos do gênero Ambelania: estudos químicos e nutricionais |
title_sort |
avaliação de frutos amazônicos do gênero ambelania: estudos químicos e nutricionais |
publisher |
Universidade Federal do Amazonas |
publishDate |
2023 |
url |
https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/9780 |
_version_ |
1831970255652519936 |
score |
11.753896 |