Este trabalho direciona-se a contextualizar a dinâmica portuária, relações de trabalho e saúde dos carregadores e transportadores de bagagens do Porto de Parintins. Ator social presente desde a fundação do porto, tem sido incluído de forma precária no setor informal do trabalho: os carregadores e transportadores de bagagens. Estes sujeitos, importantes na dinâmica portuária desde a origem desde território, tem seus direitos sociais desmontados pela Lei dos Portos, nº 8.630 de 1993, que os considera como trabalhadores portuários avulsos, deslegitimando a Lei nº 4637, de 1965 que regulamenta sua profissão. Para tanto, pretende-se caracterizar o trabalho dos carregadores e transportadores de bagagens que labutam cotidianamente no Porto de Parintins, levando em conta as formas de trabalho que desenvolvem, os instrumentos que utilizam, o tempo e duração e ganhos recebidos. Além dos impactos do trabalho árduo e perigoso sobre a saúde dos carregadores e transportadores de bagagens. Tomará como amostra onze, dos trinta e dois sujeitos inscritos na Associação dos Carregadores e Transportadores de Bagagem do Porto de Parintins, que através de uma abordagem qualitativa será observado seu cotidiano, contradições, conflitos, anseios presentes entre o todo e a parte e o saber e o agir da vida social destes sujeitos. Em contato direto com estes trabalhadores serão aplicados formulários e entrevistas com os demais profissionais portuários. É este simples trabalhador cujo exercício profissional foi imprescindível para os portos de todo país, que são típicos neste território das cidades beira-rios e que inevitavelmente estão sendo afetados pelas transformações no mundo do trabalho.
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