Relatório de Pesquisa

Crenças e ensino de línguas: uma sala de aula de Inglês como língua estrangeira

A reflexão teórica e a investigação empírica no estudo das crenças no ensino-aprendizagem de línguas (LE/L2), no Brasil, é recente, datando dos anos 90 do século passado. Trata-se, portanto, de um tema, na LA brasileira, em que há ainda muito por fazer Mesmo em termos internacionais, 30 anos de pesq...

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Autor principal: Sandra Maria Godinho Gonçalves
Grau: Relatório de Pesquisa
Idioma: pt_BR
Publicado em: Universidade Federal do Amazonas 2016
Assuntos:
Acesso em linha: http://riu.ufam.edu.br/handle/prefix/2329
Resumo:
A reflexão teórica e a investigação empírica no estudo das crenças no ensino-aprendizagem de línguas (LE/L2), no Brasil, é recente, datando dos anos 90 do século passado. Trata-se, portanto, de um tema, na LA brasileira, em que há ainda muito por fazer Mesmo em termos internacionais, 30 anos de pesquisa na área, se considerarmos a longa duração histórica, são suficientes apenas para fundar uma tradição de pesquisa sobre o assunto e assegurar a acumulação de um certo corpo de conhecimentos na área, o que, se nos dá algumas respostas às perguntas da pesquisa sobre o tema, deixa-nos, por outro lado, com um vasto terreno a explorar. Em um tema tão elusivo e escorregadio como este afinal é preciso lembrar que a noção de crenças na LA é um construto, isto é, uma elaboração intelectual e conceitual, sobre um fenômeno que não é diretamente observável - uma questão que aparece com muita força é a da relação entre crenças e ação. Se as crenças guiam, ordenam e orientam a ação, como é possível flagrar a relação entre crenças e ação no processo de ensinar e aprender uma LE? As crenças têm uma relação direta com o que acontece na sala de aula de LE ou não? Crenças podem ser um empecilho, ou, ao contrário, facilitar o processo de aquisição de uma LE na sala de aula? Barcelos (2006) ao apontar os caminhos futuros da pesquisa na área afirma que precisamos entender melhor ainda a relação entre contexto, crenças e ações [...] É preciso investigar como acontece essa relação complexa entre crenças e ações. Porque crenças às vezes afetam a ação e às vezes não? (Barcelos, 2006, p. 35). Por outro lado, é preciso investigar as crenças no ensino de LE a partir de crenças mais específicas, em domínios mais precisos deste processo específico de ensino-aprendizagem e, ainda mais, como diz Barcelos (2006) necessitamos investigar crenças em contextos diversos cursos e Letras em instituições particulares, em universidades públicas, cursos de idiomas e continuar a investigação em escolas públicas para que assim possamos chegar a padrões cognitivos entre grupos de professores trabalhando em contextos semelhantes .