A construção e a pavimentação de estradas são importantes para o desenvolvimento do estado, uma vez que permitem o escoamento de produtos e possibilita a ligação entre cidades, comunidades e a capital. Ainda que o desmatamento seja um processo de natureza complexa para ser atribuído apenas a um único fator, a construção, pavimentação de estradas e/ou a construção de vicinais (ramais) representa um dos principais vetores de desflorestamento na Amazônia. Nesta pesquisa será analisado o desflorestamento em formações vegetais ao longo das rodovias, AM-010 (Manaus - Itacoatiara/AM), AM-070 (Manaus - Manacapuru e o trecho que liga a AM-070 à cidade de Iranduba) e AM-352 (Manacapuru - Novo Airão), os municípios aqui citados fazem parte da recém criada Região Metropolitana de Manaus. O crescimento populacional de Manaus, a construção da ponte interligando Manaus a Iranduba Manacapuru - Novo Airão, o futuro asfaltamento da BR-319, a extensão da Zona Franca de Manaus para Iranduba, o gasoduto Coari-Manaus) e o aumento da mineração de argila pela demanda de tijolos por Manaus, podem potencializar o desflorestamento e assim agravar a degradação ambiental nessa região. Estas questões, crescimento socioeconômico a partir da construção de estrada e impactos ambientais, motivam à necessidade de realizar estudos para analisar as transformações ao longo das rodovias. A ecologia de paisagens é um instrumento que pode auxiliar as tomadas de decisão em planejamento ambiental, uma vez que permite a sistematização, análise da complexidade e multiplicidade dos fatores que atuam em um ambiente, além de possibilitar a integração dos conceitos de heterogeneidade espacial e escala na análise ecológica. Nos últimos anos, o uso de Sistema de Informações Geográficas (SIG) apoiado por técnicas de Sensoriamento Remoto tornaram-se ferramentas adequadas para análise da paisagem devido a sua capacidade de manipular grande quantidade de informações espaciais que permitem a identificação de atributos e a análise de questões específicas.
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