O cubiu (Solanum sessiliflorum Dunal) é um importante recurso para a população amazônica, sendo usado como medicamento natural popularmente para o controle da glicemia e colesterol séricos. É uma planta de fácil cultivo e economicamente viável. Possui teores de fibras e macroelementos, baixas concentrações de carboidratos e lipídios, portanto um baixo valor energético. Em conjunto essas características atribuem ao cubiu uma opção para nortear a alimentação de pessoas com sobrepeso e obesidade, assim como coadjuvante no tratamento do diabetes mellitus não dependente de insulina. Sabe-se que para adequada digestão e absorção dos alimentos, é fundamental a ação de enzimas digestivas como a amilase, a glucosidase para a hidrólise de carboidratos, e a lipase para o metabolismo dos lipídios. Uma das principais formas para o tratamento e prevenção da obesidade inclui o uso de medicamentos, naturais ou sintéticos, que atuam como inibidores de tais enzimas, assim como no tratamento do diabetes tipo 2. Assim o presente estudo pretende avaliar a ação do cubiu nas as enzimas citadas, podendo abrir caminhos para futuros estudos in vivo relacionando o efeito do extrato de cubiu na melhora do perfil clínico e epidemiológico de doenças crônicas não transmissíveis. Será avaliada a inibição das enzimas digestivas pelos extratos hidroetanólicos do cubiu, e comparada à inibição dessas enzimas com as drogas padrão (acarbose e orlistate) determinando a CI50 do extrato estudado. A acarbose será comparada com a amilase e com a glucosidase e a lipase com o orlistate. O método utilizado será o de colorimetria com o iodo e o teste será realizado no Leitor Elisa (DTX 800, Multimode Detector, Beckman Coulter). Espera-se a inibição das enzimas estudadas, amilase, glucosidase e lipase pelo extrato de cubiu, as quais são enzimas chave em patologias crônicas como obesidade e diabetes tipo 2.
Palavras Chaves: cubiu, enzimas digestivas, obesidade, diabetes
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