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Relatório de Pesquisa
Trabalho e cidade em Manaus nos anos 30: o patronato e as relações de trabalho
A chegada de Getúlio Vargas ao poder em nível nacional representou a implementação de um projeto que se caracterizava por uma progressiva centralização política com uma perda relativa da autonomia que os estados desfrutavam durante a Primeira República. Foi nesse contexto de implantação de um projet...
Autor principal: | Jessica Cristine de Jesus Duarte |
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Grau: | Relatório de Pesquisa |
Idioma: | pt_BR |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2016
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oai:localhost:prefix-45472021-11-30T17:00:20Z Trabalho e cidade em Manaus nos anos 30: o patronato e as relações de trabalho Jessica Cristine de Jesus Duarte César Augusto Bubolz Queirós Era Vargas - Amazonas - Patronato CIÊNCIAS HUMANAS: HISTÓRIA A chegada de Getúlio Vargas ao poder em nível nacional representou a implementação de um projeto que se caracterizava por uma progressiva centralização política com uma perda relativa da autonomia que os estados desfrutavam durante a Primeira República. Foi nesse contexto de implantação de um projeto político antagônico ao binômio federalismo/liberalismo que Álvaro Maia será indicado interventor federal no estado do Amazonas. Tendo governado como interventor entre 1930 e 1931, foi novamente indicado para o governo do Amazonas durante o Estado Novo, em 1937, permanecendo no cargo até 1945. Com o intuito de enfraquecer as articulações políticas das elites regionais, essas interventorias representaram um mecanismo de controle do poder central em cada Estado. Para Maria do Carmo Campelo de Souza (1976,128), a lógica para a indicação dos interventores por Vargas, obedecia a lógica de escolher indivíduos marginais politicamente, isto é, destituídos de maiores raízes partidárias, com escassa biografia política ou que, se possuía alguma, a fizera até certo ponto fora das máquinas partidárias tradicionais nos estados. A proposta defendida por Vargas e que representava um estímulo à industrialização vinha de encontro às aspirações de uma elite local que ainda esperançava a retomada do boom do extrativismo, sendo impossível desvincular a urbanização das cidades amazônicas do final do século XIX da expansão da economia da borracha (SARGES, 1999, p. 49). Neste sentido, os anos 30 representaram a disputa entre dois projetos econômicos: um que, em nível nacional, direcionava-se para uma transformação estrutural na economia e outro que, em nível local, imaginava um retorno à época de ouro da economia da borracha. Neste sentido, pretendemos analisar a economia da cidade de Manaus a fim de verificar se, efetivamente, houve um acréscimo no número de estabelecimentos industriais e de quantidade de mão-de-obra empregada. Para isso, procuraremos caracterizar o patronato da cidade de Manaus, fazendo um inventário dos principais estabelecimentos e verificando as características dos mesmos (volume de capital, mão-de-obra, tecnologia,...). Este trabalho está inserido em um projeto mais amplo, aprovado pelo colegiado do Departamento de História e coordenado pelo Prof. Dr. César Augusto Bubolz Queirós intitulado Cidade e Trabalho em Manaus. Este projeto prevê a realização de três estudos sobre o período: um abordando, predominantemente, o Estado; outro que analisará o patronato na cidade de Manaus e outro que terá como enfoque central os trabalhadores e suas associações. FAPEAM 2016-09-23T15:47:37Z 2016-09-23T15:47:37Z 2015-07-31 Relatório de Pesquisa http://riu.ufam.edu.br/handle/prefix/4547 pt_BR Acesso Restrito PDF Universidade Federal do Amazonas Brasil História Instituto de Ciências Humanas e Letras PROGRAMA PIBIC 2014 UFAM |
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A chegada de Getúlio Vargas ao poder em nível nacional representou a implementação de um projeto que se caracterizava por uma progressiva centralização política com uma perda relativa da autonomia que os estados desfrutavam durante a Primeira República. Foi nesse contexto de implantação de um projeto político antagônico ao binômio federalismo/liberalismo que Álvaro Maia será indicado interventor federal no estado do Amazonas. Tendo governado como interventor entre 1930 e 1931, foi novamente indicado para o governo do Amazonas durante o Estado Novo, em 1937, permanecendo no cargo até 1945. Com o intuito de enfraquecer as articulações políticas das elites regionais, essas interventorias representaram um mecanismo de controle do poder central em cada Estado. Para Maria do Carmo Campelo de Souza (1976,128), a lógica para a indicação dos interventores por Vargas, obedecia a lógica de escolher indivíduos marginais politicamente, isto é, destituídos de maiores raízes partidárias, com escassa biografia política ou que, se possuía alguma, a fizera até certo ponto fora das máquinas partidárias tradicionais nos estados.
A proposta defendida por Vargas e que representava um estímulo à industrialização vinha de encontro às aspirações de uma elite local que ainda esperançava a retomada do boom do extrativismo, sendo impossível desvincular a urbanização das cidades amazônicas do final do século XIX da expansão da economia da borracha (SARGES, 1999, p. 49). Neste sentido, os anos 30 representaram a disputa entre dois projetos econômicos: um que, em nível nacional, direcionava-se para uma transformação estrutural na economia e outro que, em nível local, imaginava um retorno à época de ouro da economia da borracha. Neste sentido, pretendemos analisar a economia da cidade de Manaus a fim de verificar se, efetivamente, houve um acréscimo no número de estabelecimentos industriais e de quantidade de mão-de-obra empregada. Para isso, procuraremos caracterizar o patronato da cidade de Manaus, fazendo um inventário dos principais estabelecimentos e verificando as características dos mesmos (volume de capital, mão-de-obra, tecnologia,...).
Este trabalho está inserido em um projeto mais amplo, aprovado pelo colegiado do Departamento de História e coordenado pelo Prof. Dr. César Augusto Bubolz Queirós intitulado Cidade e Trabalho em Manaus. Este projeto prevê a realização de três estudos sobre o período: um abordando, predominantemente, o Estado; outro que analisará o patronato na cidade de Manaus e outro que terá como enfoque central os trabalhadores e suas associações. |
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