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Para além da cacofonia: a literatura e as artes em espaços de subalternidades

O título deste livro evoca duas categorias fundamentais para os estudos subalternos. A própria noção de subalternidade, conforme definições de Antonio Gramsci e de Gayatri Spivak; e a noção de cacofonia, encontrada na obra do sociólogo e urbanista AbdouMaliq Simone. Enquanto Gramsci e Spivak argu...

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Autor principal: Rodrigues, Adriana Cristina Aguiar
Outros Autores: Segabinazi, Daniela, Caldas, Edla Cristina Rodrigues, Dantas, Priscila Vasques Castro, Bombini, Gustavo, Santos Neta, Aldenora Resende dos, Martins, Leoneide Maria Brito, Souza, Renata Junqueira de, Torrijos, Cristina Cañamares, Costa, Kleber Ferreira, Cosson, Rildo, Fonseca, Carolina Ferreira da, Silva, Fabiana Carneiro da, Oliveira, Raescla Ribeiro de, Oliveira, Aline Ribeiro de, Silva, Iolete Ribeiro da, Santos, Matheus Filipe Melo dos, Bacelar, Déborah Ribeiro, Gadelha, Dariana Paula Silva, Lima, Valéria de Oliveira, Nascimento, Cássia Maria Bezerra do, Souza, Fátima Maria da Rocha, Lira, Raquel Souza de, Cordeiro, Melyse Amaralina da Silva, Souza, Maria Luiza Germano de, Onofre, Elenice Maria Cammarosano, Nascimento, Vital Fabrício do, Silva, Flávio Mendes, Vilaça, Bianca Luniere, Saraiva, Emerson Sandro Silva, Costa, Nayara de Souza, Thiago, Idelvani da Conceição Bezerra, Silva, Mayane Serrão da, Fernandes, Maria Nilvane, Santos, Giele Vieira dos, Silva, Thais Amanda Queiroz da, Bottos Júnior, Norival, Lira, Kethycia Maria da Silva
Grau: E-book
Idioma: por
Publicado em: Brasil 2024
Assuntos:
Acesso em linha: http://riu.ufam.edu.br/handle/prefix/7461
Resumo:
O título deste livro evoca duas categorias fundamentais para os estudos subalternos. A própria noção de subalternidade, conforme definições de Antonio Gramsci e de Gayatri Spivak; e a noção de cacofonia, encontrada na obra do sociólogo e urbanista AbdouMaliq Simone. Enquanto Gramsci e Spivak argumentam em torno da condição e da posição de certas classes e grupos sociais marginalizados em relação a espaços qualificados de escuta, Simone argumenta que muitos dos sons que emergem das zonas urbanas tornam-se inaudíveis ou inexplicáveis, devendo a política urbana preocupar-se em inventar uma plataforma ou palco em que a cacofonia das vozes seja ouvida e compreendida, e os falantes se tornem visíveis. Na era das redes sociais, que se apresentavam, em suas origens, enquanto promessa de acesso à voz, assiste-se hoje, em muitos países, sobretudo do Sul Global, a uma cacofonia, com ataques a sistema democráticos e a grupos historicamente silenciados. Percebendo criticamente essa realidade, o que buscamos aqui (a contrapelo) é converter a escola, a comunidade, como também a Universidade, o espaço acadêmico-científico – seja no que compreende às ações de ensino e de pesquisa, seja no que compreende às ações de extensão –, nessa plataforma, nesse palco, em que vozes possam e(s)coar até a escuta e a visibilidade: escuta nas comunidades, nas prisões, escuta na escola, nas salas de aula das universidades, escuta potente no silêncio do espaço em que buscamos escrever e elaborar nossas pesquisas e nossas ações no campo da educação. Tendo isso em mente, o livro se organiza em três partes: Literaturas, artes e práticas leitoras em espaços escolares e comunitários periféricos; Literatura e artes em espaços de privação de liberdade; e Literatura, artes e diálogos pós-coloniais – olhares a partir das margens.