A pandemia de COVID-19 impactou com modificações no cotidiano das pessoas
pelo mundo, em decorrência das medidas de distanciamento social que visa
conter o avanço da doença e o colapso dos sistemas de saúde. No estado do
Amazonas e, assim como em outros Estados do Brasil, as medidas sanitárias
decretadas pela OMS e o Governo provocaram o fechamento das atividades não
essenciais e de vários serviços públicos e privados. Dentre eles, as redes de
educação pública e privada da cidade de Humaitá. A presente dissertação trata
de uma pesquisa dedicada em analisar as práticas docentes enfatizando as
estratégias didáticas adotadas pelos educadores no ensino de Ciências da
Natureza, através da modalidade de ensino adotada pelos órgãos educacionais
na qual ocorreu a migração do ensino presencial para o Ensino Remoto
Emergencial (ERE). Os protagonistas participantes da nossa pesquisa foram os
“docentes” do ensino de Ciências Naturais que lecionaram a disciplina no
período de isolamento social na rede estadual e municipal de ensino do
munícipio sendo o nosso objeto de estudo voltado para o “ensino remoto” com a
articulação das interfaces do cenário vivido durante o período pandêmico (entre
2020 e 2021), procurando analisar quais os desafios e/ou obstáculos
enfrentados dentro da realidade das aulas remotas de Ciências no contexto
amazônico. A pesquisa foi tratada através de uma abordagem qualitativa, de
caráter exploratório-descritivo agregando os aspectos qualitativos e
quantitativos, articulando-se pelo viés da abordagem da dialética. Para a coleta
de dados selecionamos o uso dos seguintes instrumentos: a) Observação de
Campo; b) Mapeamento das escolas que fizeram parte do campo da pesquisa;
c) Entrevistas através da aplicação de um questionário on-line (Google Meet/
WhatsApp) e presencial. Os dados foram coletados e analisado pelo
procedimento metodológico de interpretação e categorização que a técnica da
análise de conteúdo fundamenta. Os resultados da pesquisa nos mostraram as
seguintes evidências: dificuldades dos alunos na aprendizagem em relação a
leitura e interpretação de texto; exigiu um novo perfil de docente, que precisou
se reinventar, e se adaptar as novas tecnologias, novas metodologias,
transformando-se e superando-se em meios aos desafios do ensino aprendizagem no por vir. Contudo, se torna urgente e emergente estabelecer
metas para um novo processo de construção de conhecimento a fim de para os
alunos com níveis de aprendizado diferentes, tais prática e ações necessitam de
fomento das autoridades públicas e órgãos educacionais por projetos que
atenuem além das desigualdades sociais as desigualdades de aprendizagem
para o ensino de ciências naturais.
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