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Dissertação
Avaliação do TREM-1 solúvel sérico como marcador de atividade de doença na nefrite lúpica
Contexto: O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença autoimune crônica de etiologia multifatorial, caracterizada por períodos de atividade e remissão. A nefrite lúpica representa uma das manifestações mais graves e é um dos principais determinantes de morbimortalidade no LES. A predição e c...
Autor principal: | Carneiro, Bárbara Seabra |
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Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/4144422918333871, https://orcid.org/0000-0002-5922-7766 |
Grau: | Dissertação |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2025
|
Assuntos: | |
Acesso em linha: |
https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/10827 |
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oai:https:--tede.ufam.edu.br-handle-:tede-108272025-04-09T05:04:53Z Avaliação do TREM-1 solúvel sérico como marcador de atividade de doença na nefrite lúpica Evaluation of serum soluble TREM-1 as a marker of disease activity in lupus nephritis Carneiro, Bárbara Seabra Lopes, Antonio Luiz Ribeiro Boechat http://lattes.cnpq.br/4144422918333871 http://lattes.cnpq.br/3558832059770794 Ribeiro, Sandra Lucia Euzebio http://lattes.cnpq.br/3652925670941614 Fragoso, Thiago Sotero http://lattes.cnpq.br/0191707835643020 https://orcid.org/0000-0002-5922-7766 Lupus eritematoso sistêmico - Complicações e sequelas Doenças autoimunes Reumatologia CIENCIAS DA SAUDE: MEDICINA: CLINICA MEDICA: REUMATOLOGIA Lúpus eritematoso sistêmico Nefrite lúpica Atividade de doença TREM-1 Biomarcador Contexto: O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença autoimune crônica de etiologia multifatorial, caracterizada por períodos de atividade e remissão. A nefrite lúpica representa uma das manifestações mais graves e é um dos principais determinantes de morbimortalidade no LES. A predição e confirmação de atividade na nefrite lúpica ainda é um desafio, sendo essencial a busca por biomarcadores confiáveis que auxiliem no monitoramento clínico. O receptor TREM-1 (Triggering Receptor Expressed on Myeloid Cells-1) tem sido identificado como um amplificador da resposta inflamatória inata e já foi associado a diversas condições inflamatórias e autoimunes. Objetivos: Avaliar o TREM-1 solúvel sérico (sTREM-1) como marcador de atividade de doença na nefrite lúpica, além de comparar os valores deste biomarcador em pacientes com nefrite ativa e LES inativo e com controles saudáveis e verificar a associação dos valores de sTREM-1 com o uso de medicações nestes pacientes. Metodologia: Trata-se de um estudo observacional transversal, realizado no serviço de reumatologia do Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV/UFAM). Os pacientes foram divididos em dois grupos (nefrite ativa e LES inativo) baseados em achados clínicos e laboratoriais. Os dados foram coletados a partir dos prontuários e amostras de sangue foram analisadas por ELISA para quantificação de sTREM-1. A análise estatística incluiu testes não paramétricos, curva ROC e modelos de regressão linear para avaliar a associação entre valores de sTREM-1 e uso de medicações. Resultados: Foram incluídos 176 pacientes com LES, dos quais 85 apresentavam nefrite ativa e 91 encontravam-se com LES inativo, além de um grupo controle composto por 88 indivíduos saudáveis. Os resultados demonstraram que os valores séricos de sTREM-1 foram significativamente mais elevados nos pacientes com LES quando comparados aos controles saudáveis (p < 0,0001), com uma curva ROC indicando excelente capacidade discriminatória (AUC = 1,00). No entanto, não foi observada diferença estatisticamente significativa nos valores de sTREM-1 entre os pacientes com nefrite ativa e aqueles com LES inativo (p = 0,293), sugerindo baixa capacidade deste biomarcador para identificar nefrite lúpica ativa. Além disso, observou-se uma associação entre níveis aumentados de sTREM-1 e o uso de tacrolimus no grupo com nefrite ativa (p = 0,049), enquanto o uso de antimaláricos esteve associado à redução dos níveis de sTREM-1 no grupo com LES inativo (p = 0,007). Conclusão: Os resultados deste estudo indicam que, embora o sTREM-1 sérico seja um biomarcador que diferencia indivíduos com LES de controles saudáveis, sua utilidade na avaliação de atividade na nefrite lúpica ainda é limitada. A possível influência de medicações utilizadas no tratamento do LES sobre os valores séricos de sTREM-1 é uma descoberta. Este estudo é pioneiro na análise do sTREM-1 sérico em pacientes com LES na região Norte do Brasil e destaca a necessidade de novos estudos longitudinais para melhor compreensão do papel deste biomarcador na doença. Context: Systemic lupus erythematosus (SLE) is a chronic autoimmune disease of multifactorial etiology, characterized by periods of activity and remission. Lupus nephritis is one of the most severe manifestations and a major determinant of morbidity and mortality in SLE. Predicting and confirming disease activity in lupus nephritis remains a challenge, highlighting the need for reliable biomarkers to assist in clinical monitoring. The Triggering Receptor Expressed on Myeloid Cells-1 (TREM-1) has been identified as an amplifier of the innate inflammatory response and has been associated with various inflammatory and autoimmune conditions. Objective: To evaluate soluble serum TREM-1 (sTREM-1) as a biomarker of disease activity in lupus nephritis, as well as to compare its levels between patients with active nephritis, inactive SLE, and healthy controls, and to assess the association between sTREM-1 levels and the use of medications. Methodology: This was a cross-sectional observational study conducted at the rheumatology service of the Getúlio Vargas University Hospital (HUGV/UFAM). Patients were divided into two groups (active nephritis and inactive SLE) based on clinical and laboratory findings. Data were collected from medical records, and blood samples were analyzed using ELISA for sTREM-1 quantification. Statistical analysis included nonparametric tests, ROC curve analysis, and linear regression models to assess the association between sTREM-1 levels and medication use. Results: A total of 176 SLE patients were included, of whom 85 had active nephritis and 91 had inactive SLE, in addition to a control group of 88 healthy individuals. The results showed that serum sTREM-1 levels were significantly higher in SLE patients compared to healthy controls (p < 0.0001), with a ROC curve indicating excellent discriminatory ability (AUC = 1.00). However, no statistically significant difference in sTREM-1 levels was observed between patients with active nephritis and those with inactive SLE (p = 0.293), suggesting a limited ability of this biomarker to identify active lupus nephritis. Additionally, an association was observed between increased sTREM-1 levels and tacrolimus use in the active nephritis group (p = 0.049), while antimalarial use was associated with lower sTREM-1 levels in the inactive SLE group (p = 0.007). Conclusion: The findings of this study indicate that while serum sTREM-1 is a biomarker that distinguishes SLE patients from healthy controls, its utility in assessing disease activity in lupus nephritis remains limited. The potential influence of medications used in SLE treatment on sTREM-1 levels is a novel finding. This study is pioneering in analyzing serum sTREM-1 in SLE patients in the Northern region of Brazil and highlights the need for further longitudinal studies to better understand the role of this biomarker in the disease. Sem dificuldades 2025-04-08T21:45:14Z 2025-03-28 Dissertação CARNEIRO, Bárbara Seabra. Avaliação do TREM-1 solúvel sérico como marcador de atividade de doença na nefrite lúpica. 2025. 72 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde) - Universidade Federal do Amazonas, Manaus (AM), 2025. https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/10827 por Acesso Aberto https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/ application/pdf Universidade Federal do Amazonas Faculdade de Medicina Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde |
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TEDE - Universidade Federal do Amazonas |
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Contexto: O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença autoimune crônica de etiologia
multifatorial, caracterizada por períodos de atividade e remissão. A nefrite lúpica representa
uma das manifestações mais graves e é um dos principais determinantes de morbimortalidade
no LES. A predição e confirmação de atividade na nefrite lúpica ainda é um desafio, sendo
essencial a busca por biomarcadores confiáveis que auxiliem no monitoramento clínico. O
receptor TREM-1 (Triggering Receptor Expressed on Myeloid Cells-1) tem sido identificado
como um amplificador da resposta inflamatória inata e já foi associado a diversas condições
inflamatórias e autoimunes.
Objetivos: Avaliar o TREM-1 solúvel sérico (sTREM-1) como marcador de atividade de
doença na nefrite lúpica, além de comparar os valores deste biomarcador em pacientes com
nefrite ativa e LES inativo e com controles saudáveis e verificar a associação dos valores de
sTREM-1 com o uso de medicações nestes pacientes.
Metodologia: Trata-se de um estudo observacional transversal, realizado no serviço de
reumatologia do Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV/UFAM). Os pacientes foram
divididos em dois grupos (nefrite ativa e LES inativo) baseados em achados clínicos e
laboratoriais. Os dados foram coletados a partir dos prontuários e amostras de sangue foram
analisadas por ELISA para quantificação de sTREM-1. A análise estatística incluiu testes não
paramétricos, curva ROC e modelos de regressão linear para avaliar a associação entre
valores de sTREM-1 e uso de medicações.
Resultados: Foram incluídos 176 pacientes com LES, dos quais 85 apresentavam nefrite
ativa e 91 encontravam-se com LES inativo, além de um grupo controle composto por 88
indivíduos saudáveis. Os resultados demonstraram que os valores séricos de sTREM-1 foram
significativamente mais elevados nos pacientes com LES quando comparados aos controles
saudáveis (p < 0,0001), com uma curva ROC indicando excelente capacidade discriminatória
(AUC = 1,00). No entanto, não foi observada diferença estatisticamente significativa nos
valores de sTREM-1 entre os pacientes com nefrite ativa e aqueles com LES inativo (p =
0,293), sugerindo baixa capacidade deste biomarcador para identificar nefrite lúpica ativa.
Além disso, observou-se uma associação entre níveis aumentados de sTREM-1 e o uso de
tacrolimus no grupo com nefrite ativa (p = 0,049), enquanto o uso de antimaláricos esteve
associado à redução dos níveis de sTREM-1 no grupo com LES inativo (p = 0,007).
Conclusão: Os resultados deste estudo indicam que, embora o sTREM-1 sérico seja um
biomarcador que diferencia indivíduos com LES de controles saudáveis, sua utilidade na
avaliação de atividade na nefrite lúpica ainda é limitada. A possível influência de medicações
utilizadas no tratamento do LES sobre os valores séricos de sTREM-1 é uma descoberta. Este
estudo é pioneiro na análise do sTREM-1 sérico em pacientes com LES na região Norte do
Brasil e destaca a necessidade de novos estudos longitudinais para melhor compreensão do
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