A questão central desta dissertação é apresentar uma pesquisa sobre o ensino e a
aprendizagem de Filosofia em escolas públicas. O presente estudo esteve ancorado no
objetivo geral de conhecer os desafios do ensino de Filosofia em escolas públicas da
cidade de Manaus, visando compreender as perspectivas, as tendências e as práticas
deste componente curricular no Ensino Médio. O estudo se concentra em investigar
quais são as principais questões que se apresentam como desafiadoras para o ensino de
Filosofia no contexto local, possibilitando desta forma, uma revisão crítica sobre o
papel da escola pública no desenvolvimento crítico-reflexivo do estudante, uma
reavaliação daquilo que a escola já construiu, dos procedimentos adotados,
questionando aquilo que é colocado como essencial e procurando repensar a função
social da escola, seu sentido e seu papel na sociedade atual. A pesquisa foi desenvolvida
com o auxílio dos seguintes instrumentos de coleta da dados: entrevista dirigida com
docentes que atuam como professores de Filosofia em escola pública de Ensino Médio
na cidade de Manaus; questionário com perguntas abertas para alunos regularmente
matriculados na Graduação em Filosofia da Universidade Federal do Amazonas, que
atuam como bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência
(PIBID) e outro direcionado à alunos da 3ª série do Ensino Médio regularmente
matriculados e frequentando as aulas de Filosofia em escola pública da cidade de
Manaus. Os dados coletados receberam uma abordagem qualitativa e foram
fundamentadas no método fenomenológico. Com os dados coletados podemos constatar
que, como reflexo ainda de seu recente retorno ao currículo escolar, o ensino de
Filosofia enfrenta inúmeros desafios. São questões como a sobrecarga de horas-aula,
fazendo com que o professor trabalhe com muitas turmas em poucas horas de aula
semanais. Outra questão, é a notória dificuldade que os estudantes demonstram em
dominar a escrita, leitura e interpretação de textos filosóficos.
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